Filipinas vão inspecionar carnes importadas, apesar da queixa dos EUA

O Departamento de Agricultura das Filipinas permanece querendo implementar medidas que requerem uma inspeção cuidadosa nas carnes importadas pelo país, apesar dos protestos feitos pelos países exportadores de carne, como os Estados Unidos.

O secretário da Agricultura das Filipinas, Leonardo Montemayor, disse que as consultas finais sobre as medidas serão feitas no dia 10 de maio, entre os representantes do departamento de Agricultura e dos países exportadores de carnes. O departamento irá, então, formular as regulamentações para as inspeções que serão feitas nas carnes importadas.

“Nós queremos garantir que saúde e segurança estão chegando aos consumidores. Essa é a consideração mais importante a esse respeito”. A nova medida consta da Ordem Administrativa 25, assinada por Montemayor em dezembro do ano passado.

Segundo Montemayor, estudos iniciais indicam que a nova medida está de acordo com o compromisso que o país tem com a Organização Mundial do Comércio (OMC), que tem uma regulamentação sobre os padrões sanitários e fitossanitários.

Ele disse também que, apesar da implementação da Ordem Administrativa 25 levar a custos adicionais aos importadores e, eventualmente, aos consumidores, a quantia adicional será mínima. “Os custos adicionais não serão tão altos, na verdade, serão suportáveis, enquanto que, em troca, poderemos garantir aos consumidores que eles estão adquirindo alimentos seguros”.

No entanto, os EUA não concordaram com esta medida a ser tomada pelas Filipinas e, há algumas semanas, o Departamento de Agricultura do país (USDA) informou que tomaria medidas junto ao Comitê Sanitário e Fitossanitário da OMC, caso as Filipinas realmente instituam a Ordem Administrativa 25. O USDA disse que outros países que exportam carnes às Filipinas, como o Canadá, a Austrália e a Bélgica, estão apoiando esta decisão norte-americana.

A Ordem Administrativa 25 exige que todas as carnes importadas pelas Filipinas devem ter um certificado garantindo sua segurança, além de ser necessário uma lista de certificação de supervisão, que possa rastrear a origem das carnes importadas, até a propriedade rural de origem, o abatedouro e as fábricas de processamento e resfriamento. No entanto, o USDA está protestando contra esta medida, dizendo que o sistema de inspeção usado nos EUA garante a segurança dos produtos. As exportações de carnes bovina, suína e de frango dos EUA às Filipinas atingem o valor de anual de US$ 30 milhões.

Fonte: Dow Jones Newswires (por Rhea Sandique-Carlos), adaptado por Equipe BeefPoint