O encerramento das atividades do frigorífico JBS em São José dos Quatro Marcos (MT), em maio, foi tema de uma audiência pública no município nesta terça-feira (14). A planta frigorífica era a única empresa de grande porte no município e levou aproximadamente 770 trabalhadores ao desemprego.
Durante a audiência pública, foram debatidos os impactos sociais que o fechamento do frigorífico provocou na cidade, bem como a esperança com a reabertura da unidade. O debate foi promovido pela prefeitura e contou com a presença da sociedade civil, além de autoridades políticas municipal, estadual e federal, Tribunal Regional do Trabalho, Ministério Público do Trabalho e o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Alimentação.
Os debates foram iniciados com uma proposta do prefeito Carlos Bianchi ao diretor da empresa JBS, Marcelo Zanata, para a reativação da unidade, bem como a instalação de uma indústria para agregar melhor a matéria-prima.
A preocupação social com o desemprego ocasionado foi destacado pelo vice-prefeito Ronaldo Floreano dos Santos. O vice-prefeito salientou, ainda, temer que novos postos de trabalho possam vir a ser fechados em consequência do fim das atividades da JBS/Friboi em São José dos Quatro Marcos.
A importância da audiência pública foi destacada pelo diretor da JBS Marcelo Zanata. Na ocasião ele reafirmou a dificuldade vivida pela cadeia industrial com a falta de bovinos no mercado. “Estamos vivendo um momento de colapso geral onde as empresas do ramo estão fechando dia a dia, estamos trabalhando com a capacidade ociosa em 30%”.
Conforme informações da Prefeitura de São José dos Quatro Marcos, a responsável pelo jurídico da JBS, Renata Quartim, acenou para uma possível reabertura da unidade no município, porém sem criar falsas expectativas. “A empresa tem a intenção de retomar as atividades em Quatro Marcos, não temos um prazo, até por conta de questões de falta de matéria-prima levantadas pelo Marcelo Zanata. A intenção existe, mais ainda não conseguimos precisar e criar uma expectativa que retornaríamos em 12 ou 18 meses, sem ter a certeza se as condições estarão propícias. Teríamos sim um compromisso de estudar a viabilidade e apresentar uma proposta. Temos um prazo até dia 30 de julho em uma ação ajuizada no Ministério Publico do Trabalho”.
Fonte: Olha Direto, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.