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Fim do prazo para rastrear deve gerar corrida às certificadoras no Paraná

Produtores, empresas certificadoras e órgãos públicos divergem se o Paraná vai ter capacidade para atender à demanda de exportações de carne bovina para a União Européia (UE) depois do dia 15 de julho. O dia marca o fim do prazo estipulado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para que todos os animais destinados à UE sejam rastreados, no mínimo, 40 dias antes do abate.

De acordo com informações da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado do Paraná, os criadores de gado devem ter plenas condições de atender a essa demanda, tendo em vista que a UE, segunda a secretaria, não importa grandes volumes da carne paranaense. ”Os estados mais afetados com a fim do prazo devem ser Mato Grosso do Sul, São Paulo e Goiás”, afirmou o diretor de defesa agropecuária da secretaria, Felisberto Queiróz Baptista.

A secretaria, único órgão público do País certificado pelo Mapa para o Sistema Brasileiro de Identificação de animais de Origem Bovina e Bubalina (Sisbov), deve lançar seu sistema de rastreabilidade amanhã (04), em Guarapuava. O sistema vai utilizar brincos de identificação e, segundo Baptista, deve poupar tempo para os produtores, pois as Guias de Trânsito Animal (GTAs), que só podem ser emitidas pelo órgão, serão atualizadas em tempo real, de acordo com a identificação de cada animal.

As informações da Secretaria, no entanto, divergem dos dados divulgados pelo Sindicato dos Produtores de Carne do Paraná (Sindicarne). Segundo o economista da entidade, Gustavo Fanaya, 80% da produção destinada à exportação do Estado são comprados pela UE. ”Sabemos até que os produtores estão aguardando com ansiedade o lançamento do sistema de rastreabilidade da secretaria. Espero realmente que possamos atender a essa demanda”.

Henrique Victorelli Neto, presidente do Instituto Gênesis, não acredita que o Estado tenha condições de suprir as necessidades de exportação para a UE após o dia 15 de julho. ”A quantidade de animais rastreados ainda é insuficiente. Mas também acho que a produção deve se normalizar em um curto espaço de tempo”, avaliou.

Fonte: Folha de Londrina/PR (por Alan Maschio), adaptado por Equipe BeefPoint

0 Comments

  1. Pericles Pessoa Salazar disse:

    A rastreabilidade do rebanho deve ser estimulada ao produtor através das Secretarias Estaduais de Agricultura.

    Infelizmente, o produtor ainda não se conscientizou da importância de ter o seu plantél rastreado. A indústria frigorífica nada pode fazer e fica à mercê da vontade do produtor.