O mercado brasileiro de boi gordo terminou junho com preços em recuo se comparados aos de inicio de mês. “O período é de final de safra e os reflexos negativos do clima seco sobre as pastagens manteve o mercado pressionado”, comenta o analista de Safras & Mercado, Paulo Molinari.
Paulo observa ainda que o câmbio, que chegou a oferecer alguma sustentação em maio voltou a pressionar o mercado interno em junho, atuando também como fator negativo. “Por este motivo, os frigoríficos conseguiram manter escalas sólidas e longas, já avançando para julho de forma tranqüila”.
Para o mês de julho, a expectativa é que o mercado mantenha este ritmo na primeira quinzena, com possibilidade de alguma melhoria a partir de meados do período diante da redução das ofertas de gado de safra, de pastagem, diagnostica o Paulo Molinari. Na sua avaliação, o que pode alterar o quadro de mercado é o câmbio e uma forte exportação em julho.
No Rio Grande do Sul, mercado mais firme, com o quilo vivo a R$ 1,90/1,95 (o equivalente a R$ 3,80/3,90 kg da carcaça) contra patamares de R$ 1,60/1,65 de abertura do mês.
No interior do estado, os dois frigoríficos habilitados a exportar para o Chile – o Mercosul, de Bagé, com 4 plantas e o Silva, de Santa Maria – se queixam da dificuldade na compra de gado para abate, admitindo que ainda que se faça proposta a R$ 4,50 no kg da carcaça, os pecuaristas não tem interesse na venda. As informações são da Safras & mercados.
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Infelizmente essa notícia não traz muitas perspectivas de auto estima, pois nós pecuaristas da região do Centro-Oeste Goiano, estamos passando por uma crise que não tem fim. Não estamos vendo nenhuma melhora futura no gado de corte, os frigoríficos estão domando todo o mercado interno e externo, tanto na compra como na venda. As vezes fico perguntado, até aonde a classe vai agüentar essa crise no setor?