O Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical) informou que a fiscalização sanitária ligada à defesa agropecuária está praticamente paralisada após o corte de R$ 100 milhões no orçamento da área, fruto do contingenciamento de R$ 50 bilhões no Orçamento da União.
O Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical) informou que a fiscalização sanitária ligada à defesa agropecuária está praticamente paralisada após o corte de R$ 100 milhões no orçamento da área, fruto do contingenciamento de R$ 50 bilhões no Orçamento da União.
“Os 3.549 fiscais estão de mãos atadas, pois foram cortadas viagens, gastos com combustíveis, material de consumo, materiais de proteção individual”, disse Wilson Roberto de Sá, presidente do Anffa Sindical.
De acordo com ele, além do contingenciamento, uma portaria do Ministério da Agricultura – a 215, de 16 de março de 2011 – impõe uma série de medidas que restringem diárias de viagens de fiscais agropecuários, como, por exemplo, a que delega ao secretário de Defesa Agropecuária a autorização para essas visitas técnicas. “Há um limite de 40 diárias (por ano), que é até razoável, mas trabalhamos com organismos vivos e a defesa não pode trabalhar com essa burocracia e um contingenciamento de recursos, que foi prometido que não ocorreria”, disse Sá.
O Anffa Sindical encaminhou à presidente Dilma Rousseff e a ministros um ofício no qual lamenta os cortes como os que ocorreram na área de fiscalização agropecuária e alerta para a possibilidade de futuros embargos sanitários ou comerciais de países compradores dos produtos agrícolas brasileiros. “Nós alertamos para que depois não coloquem a culpa na fiscalização, como sempre gostam de fazer”, afirmou Sá.
O presidente do Anffa Sindical ironizou ainda o fato de o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, não ter conseguido audiências com a presidente durante os 100 dias de governo e ter apenas se reunido com Dilma a pedido dela. “Foi noticiado que nos 100 dias o ministro é um sem audiência; talvez por isso questões como essa não são resolvidas”.
As informações são da Agência Estado, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.
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Maravilha de governo,um ministro não consegue audiência com a presidente…!!!
O que se pode esperar de um governo deste?
Onde estará a sustentabilidade?
Sei não,muitas duvidas,muitos senões,observamos muita arrogância,às vezes a dona Dilma parece se achar demais.
Saudações,
EVÁNDRO D. SÀMTOS.
Há um lado da máquina pública muito irracional. Eventualmente há necessidade de conter as despesas, não há como dispensar funcionários públicos e então eles continuam recebendo seus salários mas não podem se deslocar a trabalho ou contar com os equipamentos / recursos imprescindíveis para execução de suas tarefas. De que adinata operar desta forma? Ineficiencia absoluta e impensável na iniciatica privada.
É lamentável que um país que tem como principal atividade o agronegócio, não leve a sério a fiscalização sanitária, e se os fiscais federais estão com problemas que dirá as Agências Estaduais de Defesa Agropecuárias, que recebem repasse do Ministério da Agricultura.
Pois é… Continuamos no país do Finge que faz, que eu finjo que acredito…
E a Defesa Agropecuária? duvido que já tenham resolvido os problemas mencionados no artigo publicado há algum tempo, aqui mesmo no BeefPoint.
Agora, mais este… e algum outro que provavelmente ainda não veio a tona…
Cada um acredita no que quer, principalmente quando seus próprios interesses estão em jogo… Mas querer que os outros acreditem que está tudo bem, e que melhoramos muito… Teríamos que ser muito ingênuos para aceitar esse tipo de verdade…
Continuaremos esperando um milagre, e novamente culparemos os auditores externos, por sua intransigência em querer que façamos as coisas, da forma que lhes prometermos a anos fazer, e sempre apresentando desculpas e ofensas por não te-las feito…
Triste sina a nossa…
Pequenas observações sobre comentários de 2 usuários assíduos do BeefPoint, no artigo em pauta.
Prezado Evàndro: O problema do Governo Dilma, é que a maioria dos ministros não são escolha dela, e sim os indicados pela base de apoio a tal “Governabilidade”, onde a maioria deles (ministros), ocupa o cargo não para resolver as carências administrativas do governo de plantão, e sim as carências de seus próprios partidos…
Veja a briga por ministérios que possuem altos “orçamentos”, e a recusa pelos que dão trabalho, mas não possuem “caixa” para satisfazer o apetite partidário…
Provavelmente, o Ministério a Agricultura, faz parte de um desses ministérios que foram preenchidos “garganta abaixo” da D. Dilma… Sendo assim, ela como qualquer um de nós, necessita de algum tempo para digeri-lo…
Prezado José Ricardo Skowronek Rezende :
Me parece que somente agora, voce está tendo “consciência” de que na iniciativa privada existe muito mais competência do que no “ente estado” com seus governos de plantão…
Por que motivo esse seu pensamento não é válido para as relações existentes entre Produtores e Frigoríficos a respeito da tal rastreabilidade “sisboviana”…
Por que não deixar que as regras sejam estabelecidas entre os participantes da cadeia? O estado é um ser estranho a este tipo de relação… Deveria estar cuidando de forma adequada do assunto Defesa Agropecuária e Fiscalização Sanitária, ao invés de insistir em defender interesses não comuns as atividades republicanas do estado… Para começar, preenchendo com pessoal capacitado os ministérios existentes (necessários ou não)…
Mas aí, esbarramos a observação feita aos comentários do Evàndro (acima)… E assim continuamos seguindo em frente… Sem nunca sair do lugar… A não ser para “pequenos recuos estratégicos”, quando alguém nos pega em algum “mal feito”…
Observação: Estou sendo repetitivo, numa constância maior do que gostaria, mas enquanto a quantidade de “predadores” não diminuir, e os interesses pessoais prevalecerem sobre os interesses do cidadão (de qualquer segmento da sociedade), o país e a sociedade continuarão a perder, de forma contínua, como tem acontecido neste país, desde que Cabral por aqui desembarcou… acidentalmente ou não…