Cumprindo o mandado judicial expedido pela Justiça Federal, 30% dos 320 fiscais agropecuários federais ativos no Rio Grande do Sul retornaram às atividades. As maiores movimentações aconteceram no Porto de Rio Grande e no Porto Seco, em Uruguaiana, por onde passam 90% das exportações e importações do estado. Eles voltam com a missão de desafogar os portos e estancar os prejuízos que na segunda-feira ultrapassavam US$ 38,41 milhões e 38 mil toneladas de mercadorias no RS.
“As perdas atingem inclusive os eletrônicos que chegam no Brasil embalados em madeira, exigindo a ação dos fiscais”, explicou o coordenador da greve no estado, Antônio Amaral.
Segundo o superintendente do Mapa no RS, Francisco Signor, o retorno dos fiscais ocorreu somente na segunda-feira, quando houve operação em três navios de carga vegetal no Porto de Rio Grande. Os fiscais atuam também nas áreas de produção animal e pescados. O acordo foi firmado com prazo de cumprimento até sexta-feira, conforme o chefe da unidade do ministério em Rio Grande, Glenio Itemberg.
Em Uruguaiana, já chega a 170 o número de caminhões parados no Porto Seco. Na tarde de segunda, o local chegou a abrigar 803 veículos, representando um acréscimo de 20% sobre a capacidade total. Segundo o delegado regional do Sindicato dos Despachantes Aduaneiros do Rio Grande do Sul, Paulo Estivalet, outros 170 carregamentos estão em postos e estacionamentos da região.
A liberação de lotes para exportações, que ocorriam em 24 horas, estão levando cinco dias. Os fiscais aguardam o encontro que acontece hoje, em Brasília, para reavaliar o movimento.
Fonte: Correio do Povo/RS, adaptado por Equipe BeefPoint