Fechamento 11:45 – 29/05/02
29 de maio de 2002
Atraso na rastreabilidade bovina compromete vendas externas
4 de junho de 2002

Fiscalização da vacinação começa hoje no Paraná

Começa hoje a fiscalização contra a febre aftosa em todo o Paraná. A Coordenadoria de Defesa Sanitária Animal da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab) havia prorrogado o prazo para terminar a imunização do rebanho até o dia 31 de maio devido à falta de vacinas. Segundo a Seab, o prazo não seria prorrogado novamente. A multa para quem deixou de vacinar o gado será de R$ 56 por cabeça. O valor da multa dobra se os pecuaristas autuados forem reincidentes. Na ocasião em que autuar os infratores, equipes volantes da Seab vacinarão o gado que ainda estiver desprotegido.

”Trinta dias é tempo mais que suficiente para concluirmos o trabalho, até porque a maior parte das doses já havia chegado ao Paraná quando a campanha começou”, observou o responsável pelo setor de Sanidade da Seab, veterinário Felisberto Baptista.

De acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan), neste ano foram vendidas para o Paraná 10,5 milhões de doses. O rebanho estadual foi estimado em 9,75 milhões de cabeças, distribuídas em 210,6 mil propriedades.

A situação mais difícil estava no Sul e no Oeste. Em Cascavel, por exemplo, em meados de maio nem a metade do rebanho havia sido vacinada. A preocupação na região Sudoeste era maior por causa da fronteira com a Argentina, onde há cerca de um ano foram registrados casos de aftosa. Na região estava prevista uma vacinação volante em todas as 270 propriedades dos sete municípios que fazem fronteira com o país vizinho.

Em novembro do ano passado foram imunizados 97,8% do rebanho. Há dois anos o Paraná obteve junto à Organização Internacional de Epizootias (OIE) a condição de área livre de febre aftosa com vacinação. A conquista é atribuída aos bons resultados das campanhas, que têm ajudado a manter o Estado sem o registro de novos focos da doença nos últimos sete anos.

Além do Paraná, também estão vacinando seus rebanhos durante este mês os estados do Acre, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Piauí, Rondônia, Sergipe e Tocantins.

Vacinação acaba em SP

Apesar de alguns estados terem prorrogado o prazo de vacinação contra febre aftosa até 30 de junho, em São Paulo o prazo terminou na sexta-feira (31). Segundo o coordenador da Coordenadoria de Defesa Agropecuária de São Paulo, José Carlos Fabrini Coutinho, o rebanho paulista é de 13,19 milhões de animais e o último relatório da central de selagem mostra que o estado comprou 14,87 milhões de doses. “O último lote de vacinas foi liberado na última semana. Não há motivos para prorrogarmos o prazo se já foram compradas doses suficientes”, afirma.

O coordenador estima que 99% do rebanho paulista serão imunizados nesta primeira campanha. “No ano passado foram imunizados quase 98% do rebanho e queremos chegar o mais próximo dos 100% em 2002”, afirma.

Para o coordenador da central, Sílvio Cardozo Pinto, não haverá falta de vacinas este ano. “Estamos sem o nosso estoque regulador, pois ele foi consumido pelo Rio Grande do Sul. Isso acontece porque o ciclo de produção das doses dura em média seis meses”, diz.

Cardozo acredita que nos estados em que a campanha foi prorrogada a imunização deverá ocorrer até a primeira quinzena de junho. “Os principais estados produtores estão abastecidos. Na segunda etapa o fornecimento estará normalizado”, estima.

Para este ano está prevista a produção de 360 milhões de doses de vacina, mas as indústrias afirmam que a produção chegará a 400 milhões.

Fonte: Folha de Londrina, Gazeta do Paraná (por Rodney Caetano) e Gazeta Mercantil (por Alexandre Inacio), adaptado por Equipe BeefPoint

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