O mercado físico iniciou o ano com preços estáveis para a arroba do boi gordo. O Indicador de Preço Disponível do Boi Gordo Esalq/BM&F, que esteve cotado em R$53,03/@ em 2 de janeiro de 2007, sofreu reajuste para R$53,80/@ em 24 de janeiro.
O mercado físico iniciou o ano com preços estáveis para a arroba do boi gordo. O Indicador de Preço Disponível do Boi Gordo Esalq/BM&F, que esteve cotado em R$53,03/@ em 2 de janeiro de 2007, sofreu reajuste para R$53,80/@ em 24 de janeiro. Comparado ao ano anterior, o indicador teve alta nominal de 11,09%, pois registrava R$48,43/@ em 24 de janeiro do ano passado.
Os frigoríficos trabalharam com escalas curtas na primeira quinzena de janeiro, em torno de cinco dias, resultado das chuvas nas regiões produtoras que, além de prolongar a permanência do gado nos pastos, prejudicaram o embarque dos animais, dificultando o alongamento das escalas e evitando pressão de oferta no período. Se, por um lado, as chuvas beneficiaram os pecuaristas permitindoos deixar os animais por mais tempo no pasto, de outro, os baixos preços no atacado contribuíram para a estabilidade do mercado. Com a proximidade do final do mês, as vendas se mantiveram enfraquecidas e, em 24 de janeiro, o dianteiro ficou em R$2,30/kg; o traseiro em R$4,20/kg; a ponta de agulha em R$2,00/ kg; e a carcaça casada em R$3,17/kg.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento divulgou que acredita na reabertura de mercado externo até abril deste ano. Nesse primeiro trimestre, o Brasil receberá a visita de especialistas dos principais países importadores de produtos agrícolas, com o objetivo de avaliar a evolução do sistema de defesa agropecuária e habilitar novos estabelecimentos para exportação – o Chile enviará três missões ao País. A primeira delas chegou em 22 de janeiro em Rondônia e permanecerá até o dia 31 para avaliar e habilitar estabelecimentos para exportação de carne in natura. A União Européia, um dos principais clientes do agronegócio nacional, enviará quatro missões ao Brasil, uma delas em 12 de março para inspecionar especificamente os controles de febre aftosa, rastreabilidade de bovinos (Sisbov) e sanidade animal.
O mercado de bezerro iniciou 2007 com o Indicador de Preço Disponível do Bezerro Esalq/BM&F – formação no Mato Grosso do Sul – cotado em R$362,01/cabeça em 2 de janeiro e, seguindo a tendência do boi gordo, fechou em R$367,33/cabeça em 24 de janeiro. Nessa data, a venda de um boi gordo em São Paulo permitia relação de troca de 2,42 bezerros. No mercado futuro, o contrato de bezerro da BM&F conta com quatro vencimentos em aberto: fevereiro/07 cotado em R$367,01/ cabeça; março/07 em R$359,82/cabeça; abril/07 em R$378,38/cabeça; e junho/07 em R$380,30/cabeça no dia 24 de janeiro. O Gráfico 1 ilustra a evolução do primeiro vencimento do contrato futuro de bezerro (fevereiro/07), comparado à evolução de preços do indicador Esalq/BM&F em janeiro.
Gráfico 1 – Primeiro vencimento bezerro x indicador Esalq/BM&F
O futuro de boi gordo da BM&F acompanhou o comportamento do mercado físico e mostrou estabilidade neste começo de ano. Em 24 de janeiro, o mercado futuro de boi gordo teve 11 vencimentos em aberto. Foram negociados: janeiro/07 a R$53,70/@; fevereiro/07 a R$52,30/@; março/07 a R$51,75/@; abril/07 a R$51,53/@; maio/07 a R$51,12/@; junho/07 a R$52,09/@; julho/07 a R$54,47/@; agosto/07 a R$55,79/@; setembro/07 a R$57,13/@; outubro/07 a R$58,86/@; e novembro/07 a R$59,00/@.
O vencimento janeiro/07 trabalhou abaixo do indicador Esalq/BM&F em todo mês de janeiro, sendo que a diferença entre o indicador e o primeiro vencimento foi de R$2,20/@, no dia 4 de janeiro. Note-se, no Gráfico 2, que a cotação se valorizou lentamente acompanhando o indicador e o comportamento do mercado físico, marcado pelas chuvas nas regiões produtoras e as conseqüentes dificuldades para o alongamento das escalas, o que deu suporte aos preços.
Gráfico 2 – Primeiro vencimento boi gordo x indicador Esalq/BM&F
Fonte: BM&F