Dominique Strauss-Kahn, diretor-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), disse no domingo (4) que a economia mundial "não está fora de perigo". A declaração ocorre apesar da recuperação mais rápida do que o previsto nos países emergentes. Strauss-Kahn acrescentou que a "grande quantidade de ingresso de capital em países como Brasil e Indonésia pode criar bolhas".
Dominique Strauss-Kahn, diretor-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), disse no domingo (4) que a economia mundial “não está fora de perigo”. A declaração ocorre apesar da recuperação mais rápida do que o previsto nos países emergentes.
Ele disse que, apesar da recuperação global ter “voltado antes do esperado, a demanda privada ainda não está forte o bastante para sinalizar o fim da prolongada recessão sentida pela economia mundial”.
“Você vê o crescimento retornando em quase todo lugar, mas em quase todo lugar esses números estão relacionados ao apoio público, com a demanda privada continuando fraca sem se fortalecer o bastante. Até que a demanda privada seja sustentável para oferecer crescimento, será difícil dizer que a crise acabou”, explicou.
As previsões para recuperação têm melhorado de maneira firme desde o ano passado, em linha com a recuperação no mercado acionário. “A recuperação está chegando mais rápido que o esperado. Mas não estamos fora de perigo e temos de ser cautelosos”, acrescentou.
Strauss-Kahn alertou ainda para os riscos de uma recuperação prematura que possa fazer os governos retirarem os estímulos públicos muito precocemente e assim “darem um tiro no próprio pé”.
Juntamente com as preocupações sobre a dívida soberana na Zona do Euro, Strauss-Kahn acrescentou que um terceiro risco é a “grande quantidade de ingresso de capital que pode rumar para países como Brasil e Indonésia e criar bolhas”.
A reportagem é do jornal Brasil Econômico, adaptada pela Equipe AgriPoint.