

A Lista Forbes Agro100 2025 reúne cooperativas, grupos empresariais e companhias de capital aberto e fechado que movimentam as principais cadeias produtivas do país. Publicado anualmente pela Forbes Brasil, o levantamento é baseado em indicadores financeiros, especialmente na receita líquida anual, e aponta a dimensão econômica e estratégica do setor.
As 10 maiores da Lista Forbes Agro100 desta edição faturaram R$ 1,120 trilhão em 2024, ante R$ 1,076 trilhão no ano anterior. O crescimento foi de 4,16%. No grupo estão três empresas do setor de Proteína Animal, três de Alimentos e Bebidas, duas de Comércio e Tradings e uma de cada dos setores de Agroenergia e Celulose, Madeira e Papel.
Em 2024, o conjunto das 100 empresas atingiu R$ 1,886 trilhão em receita líquida, frente a R$ 1,826 trilhão em 2023, um crescimento de 3,3%. No total, a lista é composta por 21 companhias na categoria de Agroenergia; 16 de Comércio e Tradings; 16 Cooperativas; 14 de Alimentos e Bebidas; 14 de Proteína Animal; 11 de Agroquímicos, Genética e Insumos; e 8 de Celulose, Madeira e Papel.
Confira o Top 10 da Lista Forbes Agro100 2025:
FATURAMENTO: R$ 416,95 BILHÕES
SETOR: PROTEÍNA ANIMAL
FUNDAÇÃO: 1953, ANÁPOLIS (GO)
PRINCIPAL EXECUTIVO: GILBERTO TOMAZONI
A empresa vem registrando crescimento em todas as suas unidades de negócios. Em 2024, obteve um de seus melhores resultados, distribuindo R$ 6,6 bilhões em dividendos aos acionistas em 2024. O Ebitda ajustado alcançou R$ 39 bilhões,
com margem de 9,4% e salto de 128%. O caixa livre saltou 609%, atingindo R$ 13 bilhões no período.
FATURAMENTO: R$ 144,15 BILHÕES
SETOR: PROTEÍNA ANIMAL
FUNDAÇÃO: 2000, SÃO PAULO (SP)
PRINCIPAL EXECUTIVO: MIGUEL GULARTE (APÓS FUSÃO COM BRF EM 2025)
A empresa antecipou o pagamento de quase R$ 5 bilhões em dívidas e encerrou 2024 com a sétima redução trimestral consecutiva da alavancagem financeira. Ainda em 2024, atingiu 100% de energia renovável e tornou-se a primeira empresa de proteína animal a ter suas metas de redução de emissões aprovadas pela iniciativa Science Based Targets (SBTi).
FATURAMENTO: R$ 109,19 BILHÕES
SETOR: ALIMENTOS E BEBIDAS
FUNDAÇÃO: 1865, CONOVER, IOWA (EUA); NO BRASIL DESDE 1965
PRINCIPAL EXECUTIVO: PAULO SOUSA
Apesar dos desafios, o resultado operacional (Ebit) saltou de R$ 2,3 bilhões para R$ 4,1 bilhões em 2024, recorde histórico para a empresa no país. Os investimentos nas operações brasileiras foram de R$ 1,7 bilhão, e o volume total originado, processado e comercializado foi de 45 milhões de toneladas.
4. AMBEV
FATURAMENTO: R$ 89,45 BILHÕES
SETOR: ALIMENTOS E BEBIDAS
FUNDAÇÃO: 1999, SÃO PAULO (SP)
PRINCIPAL EXECUTIVO: CARLOS LISBOA
Em 2024, a companhia comemorou 25 anos de história e investiu R$ 8,6 bilhões em suas marcas. Houve uma estratégia de gestão mais disciplinada de custos e despesas. A Ambev teve crescimento de dois dígitos do Ebitda ajustado e o fluxo de caixa livre para o acionista avançou 37%, totalizando R$ 17,9 bilhões.
FATURAMENTO: R$ 69,82 BILHÕES
SETOR: ALIMENTOS E BEBIDAS
FUNDAÇÃO: 1818, AMSTERDÃ (HOLANDA); NO BRASIL DESDE 1905
PRINCIPAL EXECUTIVO: ROSSANO DE ANGELIS JÚNIOR
A Bunge se tornou o primeiro exportador global de commodities que atingiu 100% de rastreabilidade e monitoramento de compras diretas e indiretas de soja em regiões prioritárias do bioma Cerrado. Outro destaque foi a fase final do processo de aprovação regulatória da fusão com a Viterra, concluída em julho deste ano.
FATURAMENTO: R$ 66,91 BILHÕES
SETOR: AGROENERGIA
FUNDAÇÃO: 2011, SÃO PAULO (SP)
PRINCIPAL EXECUTIVO: NELSON GOMES
A Raízen inaugurou a maior planta de Etanol de Segunda Geração (E2G) do mundo, em Guariba (SP), para 82 milhões de litros/ano, com investimento de R$ 1,2 bilhão. Também fez o primeiro embarque de etanol certificado aos EUA para a produção de Combustível Sustentável de Aviação (SAF), mas nos últimos tempos avalia se o atual ritmo dessas apostas tem sido adequado.
FATURAMENTO: R$ 62,35 BILHÕES
SETOR: COMÉRCIO E TRADINGS
FUNDAÇÃO: 1959, SÃO PAULO (SP)
PRINCIPAL EXECUTIVO: TOMÁS CAETANO MANZANO
Apesar dos extremos climáticos na safra 2024/25 e dos prejuízos gerais para o setor, a Copersucar obteve lucro líquido de R$ 402 milhões, crescimento de 43%. A moagem de cana foi de 107 milhões de toneladas, com 15,6 milhões de toneladas de açúcar e 19,1 bilhões de litros de etanol.
FATURAMENTO: R$ 61,38 BILHÕES
SETOR: PROTEÍNA ANIMAL
FUNDAÇÃO: 2009, SÃO PAULO (SP)
PRINCIPAL EXECUTIVO: MIGUEL GULARTE (APÓS FUSÃO COM MARFRIG EM 2025)
A BRF apresentou a maior geração de caixa livre desde a sua criação. Com uma estratégia de crescimento sustentável, a companhia alcançou Ebitda de R$ 4,47 bilhões no Brasil, com margem de 15,5% e avanço de 4,1 pontos percentuais em relação ao ano anterior. Ainda em 2024, atingiu o patamar histórico de 327 mil clientes atendidos.
FATURAMENTO: R$ 53,33 BILHÕES
SETOR: COMÉRCIO E TRADINGS
FUNDAÇÃO: 2014, GENEBRA (SUÍÇA); NO BRASIL DESDE 2014
PRINCIPAL EXECUTIVO: YUNCHAO WANG
A gigante chinesa do comércio agrícola embarcou 17 milhões de toneladas de commodities no Brasil em 2024, com rastreabilidade de 99% da soja e certificação como livre de desmatamento. E, enquanto prepara sua expansão pelo porto de Santos, comprou 979 vagões e 23 locomotivas, capazes de transportar mais de 4 milhões de toneladas por ano.
FATURAMENTO: R$ 47,40 BILHÕES
CELULOSE, MADEIRA E PAPEL
FUNDAÇÃO: 1924, SÃO PAULO (SP)
PRINCIPAL EXECUTIVO: JOÃO ALBERTO DE ABREU
A empresa comemorou 100 anos de história concluindo o projeto Cerrado, iniciativa que contou com investimentos totais de R$ 22,2 bilhões. Em dezembro de 2024, inaugurou a maior fábrica de celulose em linha única do mundo, em Ribas do Rio Pardo (MS), capaz de produzir 2,55 milhões de toneladas de celulose por ano.
Fonte: Forbes.