Tão logo foi definida ontem (03) a dotação orçamentária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para o controle do trânsito de animais na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai, o ministro interino, Márcio Fortes de Almeida, determinou que fossem repassados para o Ministério da Defesa os recursos de R$ 436,2 mil que serão divididos entre o Exército, Aeronáutica e Marinha. Eles prestarão apoio aos órgãos estaduais e federais que atuam na fronteira devido à suspeita de aftosa no País vizinho.
“Já estamos com atenção redobrada. Mas com a entrada das Forças Armadas, a operação será ampliada, assim como a eficácia das ações de fechamento da fronteira”, comemorou o diretor da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), Alexandre Auler Krabbe.
Indícios
O que levanta suspeita em relação ao laudo paraguaio, que apontou que os bovinos estão com rinotraqueíte infecciosa bovina (IBR), é que, segundo técnico do Iagro que esteve no local, os animais apresentavam lesões no casco, sintoma que não existe nessa doença. Outro forte indício de tratar-se de enfermidade de alto risco é a presença de cal virgem espalhada na entrada da propriedade paraguaia.
“Se a doença que infectou os bovinos na Fazenda San Francisco for mesmo aftosa, será muito difícil para o Paraguai esconder o fato”, afirmou o gerente de defesa animal do Iagro, Osvaldo Pereira Dias, lembrando que, quando ocorreram focos na Argentina, houve uma demora de 40 dias para divulgação e o prejuízo foi imenso.
Fonte: Correio do Estado/MS, adaptado por Equipe BeefPoint