O grupo Friboi avalia possível investimento em uma unidade de abate de gado e industrialização de carne no Rio Grande do Sul. O presidente do grupo, José Batista Júnior, esteve reunido ontem com o governador do estado, Germano Rigotto (PMDB), para, segundo ele, conhecer os incentivos do Rio Grande do Sul. Batista explicou que a Secretaria de Desenvolvimento e Assuntos Internacionais (Sedai) enviará à empresa um relato dos programas de incentivos fiscais existentes no estado.
O mais importante programa de incentivos fiscais do estado é o Fundopem, que permite adiar por até oito anos o início do recolhimento de no máximo 75% do ICMS gerado por novos empreendimentos. O pagamento do saldo é feito no mesmo período da utilização do benefício. Nas regiões de economia mais deprimida, como no caso de São Borja, o Estado concede descontos que no limite podem chegar a 100% das parcelas.
“Estive com o governo no sentido de falar sobre os incentivos do Rio Grande do Sul e a intenção de investir no estado”, descreveu Batista. Ele afirmou que foi convidado pela prefeitura de São Borja, na fronteira oeste, para avaliar o investimento em um frigorífico na cidade e é provável que visite o município na segunda quinzena de outubro. Batista citou a possível sinergia entre a atividade da Swift Armour na Argentina e uma eventual planta no Rio Grande do Sul.
“Temos intenção de aumentar o abate, mas tem que ser gradativo”, comentou. Uma possibilidade de sinergia entre as plantas seria a compra de gado no Brasil, quando o mercado estivesse desfavorável no lado argentino, ou o contrário, citou Batista.
O presidente do Friboi afirmou ainda que o projeto no Rio Grande do Sul poderia ter capacidade para abater 1,2 mil animais por dia, o que exigiria investimento de aproximadamente US$ 60 milhões. Ele disse que enviará uma carta-consulta ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) sobre a possibilidade de financiamento.
Fonte: Estadão/Agronegócios (por Sandra Hahn) e Valor (por Sérgio Bueno), adaptado por Equipe BeefPoint