O diretor de Relações com Investidores do grupo JBS-Friboi, José Paulo Macedo, garantiu que o prejuízo no terceiro trimestre de 2007 não deverá ter impacto nas receitas da empresa. O resultado do período foi prejudicado pela valorização cambial e pela expressiva alta dos preços do boi gordo na última entressafra. Por essa razão, a direção da JBS vai propor em Assembléia Geral que essas perdas não sejam consideradas para efeito do cálculo para a distribuição de dividendos aos acionistas.
O diretor de Relações com Investidores do grupo JBS-Friboi, José Paulo Macedo, garantiu que o prejuízo no terceiro trimestre de 2007 não deverá ter impacto nas receitas da empresa. O resultado do período foi prejudicado pela valorização cambial e pela expressiva alta dos preços do boi gordo na última entressafra.
Todos esses eventos são naturais na atividade e, para o diretor da JBS Friboi, serão facilmente entendidos pelos grandes investidores que participaram da chamada de capital que permitiu a aquisição da JBS Usa, Inc (antiga Swift Foods Company).
A maior dificuldade será por parte dos pequenos investidores, acredita Macedo. Por essa razão, a direção da JBS vai propor em Assembléia Geral que essas perdas não sejam consideradas para efeito do cálculo para a distribuição de dividendos aos acionistas, informou Isabel Dias de Aguiar, da Gazeta Mercantil.
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Nesse mesmo espaço, disse a quase um ano atrás, que quem estava financiando o aporte financeiro do grupo JBS, (BNDES e outros) não entendiam desse mercado. Disse na época que, “uma corrente não é mais forte que seu elo mais fraco”. Que a indústria frigorifica não ia nunca ser uma potência, se quem faz o boi, encontra-se em penosa situação de risco de insolvência.
Eis aí confirmação de minhas suspeitas da época. Essa vertiginosa subida do preço do boi, (que ninguém deseja, queremos preço justo e estável) é o primeiro sinal de abalo da cadeia. E o Friboi já vai praticar a primeira maquiagem do seu balanço, ainda que seja para não prejudicar o “pequeno investidor”.
Os frigoríficos tanto fizeram, tanto tripudiaram, sobre o produtor, levando-nos a redução do rebanho e principalmente na diminuição do plantel de matrizes, que merecidamente estão saboreando o resultado da sua política de preços cartelizados.
Houvesse uma sensata estabilidade de preços, a exemplo do que acontece na fixação dos preços do leite e da cana, com certeza os frigoríficos hoje estariam com suas escalas normalizadas.
Desejo que todos, consigamos, dessa situação, extrair algum aprendizado.
JUCELINO DOS REIS
Produtor de Gado de Corte
Cascavel-PR
Perfeitas palavras Sr. Jucelino dos Reis, nada mais do que muitas pessoas como o Sr. previu. É agora, que matamos matrizes (nosso banco genético) e muitos venderam a propriedade, investindo seu suado dinheiro em setores pouco conhecidos. Infelizmente, sempre quem paga a conta é o elo mais fraco mesmo (mais desorganizado).
Concordo em gênero, número e grau com o Jucelino, que colocou de forma clara e objetiva o pensamento de todos os pecuaristas deste país.
Parabéns!
As palavras do caro amigo Jucelino, refletem o pensamento de uma classe inteira. Parabéns amigo pela síntese de seu comentário
Os grandes grupos que detêm praticamente o monopólio de exportação de carne no país, estão começando a sentir o resultado de uma política de preços predatória que criaram neste país. Visando cada vez mais o lucro, não vendo que estavam dando um tiro no próprio pé, já que estavam acabando com os fornecedores de matéria prima deles que são os pecuaristas.
Sugiro que os usineiros não cometam o mesmo erro com a cana, já que se verificarmos os diretores dos consecanas de vários estados, notamos que a maioria está ligada as usinas.
Muito sensatas as colocações, mas para entender necessariamente o complexo mercado da carne, nós produtores precisaríamos ver o mercado não apenas nas nossas fronteiras brasileiras, mas entender o processo no panorama global. Até porque a empresa Swift (Friboi) está atendendo grande parte do mercado mundial.
Com certeza o mercado está se organizando mais, em virtude das inúmeras variáveis do setor, mas a variável “Produtor” precisa se organizar mais e tornar mais estável o fornecimento de produtos, com padrão de qualidade e etc. Existem inúmeras ferramentas de controle de preço, que as industrias hoje oferecem, como fixação de preço futuro e outros, mas infelizmente a maioria, por estar com sistema produtivo instável, prefere flutuar e arriscar nas especulações de preços, ficando assim susceptível ao que ocorrer no mercado.
Todos nós sabemos que nesse período os preços realmente aumentam, mas também diminuem muito no período da safra. Será que compensa viver e administrar nossos negócios assim? Será que a indústria tem interesse nessa oscilação? Será que estamos preparados para passar para a fase da pecuária de precisão, como tem na agricultura, horticultura e outros setores organizados?
Espero que todos nós possamos refletir e fazer com que a cadeia como um todo cresça estável e bem planejada.
Concordo com o amigo Marcelo Janene, pois se todo mundo só pensar em arrendar a propriedade para as usinas como será o ano de 2008? Se já agora esta faltando gado para abate e o dólar caindo, reposição cara, eu acho que os produtores deveriam ter um valor maior na parte do gado. Pois se amanhã continuar a faltar gado para abate, a carne vai ficar mais cara e nossa moeda não esta ajudando os exportadores que são os grandes frigoríficos.
Eu sugiro que o nosso governo venha pensar também nesta parte, pois ele também gosta de carne ou não gosta? Será que ele vai querer só chupar cana lá na frente, vamos todos por as mãos na consciência e ajudar a pecuária.
Caros colegas pecuaristas;
Analiso este resultado do trimestre como um aviso que a indústria da carne recebe, que deve realmente haver uma parceria com os produtores visando estabelecer preço justo da carne. O que realmente vai prevalecer é o resultado do exercício 2007 e neste aspecto o resultado dos frigoríficos deve ser bastante positivo.
Abraço a todos companheiros do setor produtivo.