Segundo analistas do setor, a aquisição na Argentina é importante na estratégia do Friboi porque permitirá ao frigorífico ampliar o volume de exportação de carne industrializada, que é o maior foco do Swift.
Estima-se que ficará com mais de 50% do mercado mundial de carne industrializada. Hoje, o Bertin é o principal exportador de carne industrializada do Brasil. Com o Swift, o Friboi também deve ampliar os embarques de carne bovina in natura, nos quais já é líder no país.
A investida de grandes frigoríficos no exterior já era esperada, dizem especialistas do setor. O que surpreende é o fato de o Friboi adquirir, de cara, o maior frigorífico da Argentina. Para um analista, a internacionalização é “inevitável” para grandes empresas, como o Friboi, porque elas precisam de uma posição estratégica em nível mundial para continuar a crescer.
Minerva e Bertin
Apesar de surpreender, a negociação não incomodou o Minerva, que também exporta carne in natura e industrializada. “Cada um tem o seu mercado”, defende o presidente da empresa, Edivar Vilela, que também já andou espreitando oportunidades de negócio no Uruguai.
Segundo o Valor, recentemente, o Bertin tentou arrendar um abatedouro no Paraguai, mas as negociações não avançaram. Conforme apurou o Valor, a empresa quer inicialmente arrendar uma unidade “para experimentar” produzir no Paraguai.
O Bertin informou que “no momento, o Grupo Bertin não está iniciando a operação de novas plantas em nenhum país do Mercosul. Há, contudo, estudos de viabilidade da empresa para, a médio e longo prazos, atuar em mercados promissores como o Paraguai e o Uruguai”.
Fonte: Folha de S.Paulo e Valor (por Alda do Amaral Rocha, Paulo Braga e Heloísa Magalhães), adaptado por Equipe BeefPoint