Integrante do grupo nacional Arantes Alimentos Ltda., com sede em São José do Rio Preto (SP), o Frigoalta encaminhou à Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Pará (CDI) solicitação de uma área de 62,14 hectares no Distrito Industrial de Marabá. A empresa explica que já concluiu seu projeto de engenharia numa área de 10,86 hectares – onde vai construir e operar uma indústria frigorífica para abate e desossa de 750 bovinos/dia – mas reexaminou seu programa de investimentos e optou pela construção de pelo menos mais três unidades de fabricação em Marabá, verticalizando a produção.
Os projetos de expansão incluem: indústria de produtos derivados de carne (embutidos, enlatados, salgados, cozidos etc.); indústria de saponáceos, derivados de sebo animal (massa para sabonete, detergente, sabão); e indústria de curtimento e beneficiamento de couro: wet-blue e couro semi-acabado. Essas indústrias demandam grandes áreas para tratamento de efluentes, além das áreas de preservação ambiental como mananciais e outras.
“O projeto do Frigoalta visa à implantação de uma unidade de abate, industrialização, frigorificação, acondicionamento e distribuição de carne bovina em Marabá”, explica o economista, presidente do Sindicato da Indústria e Comércio (Sindicom), Paulo César Lopes, que à frente da Secretaria Municipal de Indústria e Comércio foi o mais empenhado na vinda do empreendimento. A produção será destinada ao abastecimento do mercado interno por meio de grandes redes de supermercados e açougues, bem como do mercado internacional, com a exportação dos produtos para os exigentes consumidores da Comunidade Européia, Mercosul (incluindo o Chile), Ásia e África.
O Frigoalta figura entre os três maiores abatedouros bovinos do Brasil. Segundo Lopes, vai movimentar no sul do Pará um rebanho anual de 225 mil reses, com a produção de 3,6 milhões de arrobas. Possui plantas industriais em Goiás (Cachoeira Alta e Jataí), Mato Grosso (Canarana e Pontes Lacerda), São Paulo (Guararapes), e entrepostos nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. A empresa deverá fechar o ano de 2001, segundo sua própria estimativa, com faturamento médio mensal girando em torno de R$ 50 milhões.
Fonte: Gazeta Mercantil (por Ademir Braz), adaptado por Equipe BeefPoint