Indicador do Boi DATAGRO – Boletim de 25-novembro-2025
26 de novembro de 2025

Frigoestrela celebra resultados sólidos após nova gestão

Há seis meses no comando do Frigoestrela, Pedro Bordon ainda ouve comentários comparando o trabalho que ele está realizando na companhia atualmente, que já resultou em ganhos de mercado, ao que ele já realizou em outros frigoríficos. Com 43 anos de experiência no setor, ele carrega no DNA essa trajetória. Sua família foi dona do frigorífico Bordon, aquirido no início dos anos 2000 pela Friboi, antes da empresa se tornar a gigante JBS.

“É inevitável isso, todo mundo associa muito ao trabalho que fiz na Frigol. Não é proposital, mas na prática é”, reconhece o executivo. À frente do Frigol de 2022 a 2023, ele foi responsável por aumentar a governança e alavancar as vendas externas. No currículo, também estão passagens pelo Minerva, onde foi CEO na Argentina entre 2017 e 2020, e pela própria JBS, por onde passou mais de um vez, de 2000 a 2004 e de 2011 a 2016.

No Frigoestrela, os primeiros resultados já começam a aparecer. Os abates, afirma, já aumentaram 30%, de 900 cabeças dia para cerca de 1,3 mil cabeças, puxados principalmente pelas exportações. Desde junho, foram quatro novos mercados abertos: Indonésia, Chile, Argélia e Egito. O principal destino, contudo, ainda é a China, país com o qual Bordon tem certa intimidade. Nos últimos dois anos, esteve à frente de uma importadora chinesa.

“Quando você trabalha com uma empresa chinesa, você absorve mais dos costumes, dos hábitos e da cultura. A cada dois meses e meio eu estava na China, passava um bom período, então é inevitável estar mais próximo da rotina das pessoas”, afirma.

Nesse período, ele presenciou mudanças importantes no modo de consumo de carne da China. A mais importante delas, destaca, está nos cortes, com uma demanda crescente por bifes popularizado em churrascarias chinesas, japonesas e coreanas. “Essa é uma é uma tendência de crescimento lá na China, principalmente para o público mais jovem.”

Outra transformação no comércio com a China está na geografia deste mercado. “Antigamente, as cidades e regiões onde se consumia a carne brasileira na China eram muito específicas. Hoje em dia isso está mais pulverizado, entrando em mais cidades. Isso tudo tem ajudado a aumentar o número de clientes e o conhecimento sobre o nosso produto”, explica.

Para isso, o Frigoestrela está investindo em sua estrutura operacional. Sem revelar valores, ele informa que os investimentos incluem automação, expansão e modernização de plantas, além de certificações, auditorias e logística de exportação. A previsão é faturar R$ 4,8 bilhões em 2025 e R$ 5,1 bilhões no próximo ano.

Fonte: Globo Rural.

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