Segundo Pascon, os recursos são obtidos por meio do capital levantado pela própria operação. "Tivemos um crescimento nas nossas atividades mais forte a partir de julho de 2011, por causa das mudanças internas (com controles de despesas mais rigorosos e um mix de produtos de maior valor agregado) e também em virtude do cenário macroeconômico e do setor favorável à indústria, com preços mais baixos da arroba do boi gordo, por conta da maior oferta, e aumento das exportações", explicou.
O Frigol S/A, de Lençóis Paulista (SP), está na lista dos poucos frigoríficos que entraram em recuperação judicial – como o Frialto – e que estão conseguindo cumprir o cronograma de pagamentos a credores e manter as operações em curso. De acordo com o gerente Administrativo-Financeiro do frigorífico, Luciano Pascon, a prioridade é o pagamento a credores fornecedores, mas os débitos com os demais credores também deverão ser realizados conforme cronograma estabelecido no plano.
De fato, em conversas com alguns credores pecuaristas do Frigol na região do Pará nas visitas que a Equipe 2 do Rally da Pecuária, os débitos foram quitados e a empresa continua adquirindo, à vista, bois para o abate. Segundo Pascon, os recursos são obtidos por meio do capital levantado pela própria operação. “Tivemos um crescimento nas nossas atividades mais forte a partir de julho de 2011, por causa das mudanças internas (com controles de despesas mais rigorosos e um mix de produtos de maior valor agregado) e também em virtude do cenário macroeconômico e do setor favorável à indústria, com preços mais baixos da arroba do boi gordo, por conta da maior oferta, e aumento das exportações”, explicou.
No ano passado, o Frigol teve faturamento de R$ 520 milhões. Neste ano, pretende ter uma receita bruta de R$ 700 milhões, representando aumento de quase 35%. “Nossa perspectiva positiva se baseia em uma maior rentabilidade da carne bovina, por conta do aumento dos insumos que impulsionam os preços das carnes concorrentes, como o frango e o suíno”, disse. O Frigol tem duas unidades – em Lençóis Paulista (SP) e Água Azul do Norte (PA), com capacidade de abate mensal de 17 mil e 20 mil animais, respectivamente.
A empresa tem, ainda, uma unidade de abate de suínos, em Lençóis Paulista (SP), com capacidade de abate de 10 mil cabeças/dia. Conforme dados recentes do Instituto Mato Grossense de Economia Agropecuária (Imea-MT), o Frigol tem uma representatividade de 1,06% no abate total de bovinos do País. Em 30 de julho de 2010, a agroindústria entrou com pedido de recuperação judicial, sob a alegação de dificuldades financeiras, cuja homologação ocorreu em abril de 2011.
No mês passado, a Frigol Foods Participações obteve autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para ser uma companhia aberta na Categoria A, que permite a emissão de quaisquer valores mobiliários, inclusive ações. Diferente da Frigol S/A, cujo foco de atuação é o abate de bovino e suínos, a Frigol Foods atuará no setor alimentício com produtos de maior valor agregado voltados para os segmentos de food service e varejo.
De acordo com Pascon, a Frigol Foods ainda não está em operação e aguarda o aval da BM&FBovespa para listá-la no Bovespa Mais, mercado de acesso da BM&FBovespa, e atrair fundos de private equity (que compram participações em empresas). A Frigol esclarece, ainda, que a Frigol Foods aguarda o aval da BM&FBovespa para listá-la no nível 1.
Fonte: Agência Estado, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.