O Grupo Independência Alimentos comprou e hoje abre as portas do antigo Frigorífico Matel, localizado na saída de Campo Grande para Cuiabá. A indústria passa a chamar-se Frigorífico Independência Alimentos e a ser a terceira unidade de abate de bovinos do grupo em Mato Grosso do Sul, gerando 340 novos empregos.
No sábado, o presidente do Grupo Independência, empresário Antônio Russo Netto, explicou que a indústria que adquiriu em Campo Grande passa a abater de 700 a 800 bovinos/dia. O grupo já atua no MS com duas indústrias, ambas direcionadas apenas para a exportação de carnes: em Nova Andradina, onde são abatidos diariamente 1.100 animais (ao lado do frigorífico funciona um curtume), e em Anastácio são abatidos 750 animais por dia.
Russo explicou também que a indústria, que estão colocando em funcionamento na capital, vai trabalhar apenas com mercado interno, devendo fornecer carne para São Paulo e Rio de Janeiro e abastecer também o entreposto de distribuição de carne para cozinhas industriais e restaurantes que o grupo tem na cidade de São Paulo. “Temos contratos de três anos de fornecimento de carnes especiais para Israel e esses estamos atendendo com os abates de Anastácio. Fechamos recentemente mais dois anos de fornecimento para colônias israelitas da Europa e para o MacDonald’s de Israel e esses contratos vamos atender com parte dos abates de Nova Andradina”, explicou. Ele complementou afirmando que, com mais esses compromissos, ficaram sem ter como atender o mercado interno. “O que nos motivou a adquirir o antigo Matel, em Campo Grande”, disse.
A indústria está sendo reformada, especialmente os currais, mas mesmo assim os abates serão iniciados nesta segunda-feira, “inicialmente com gado de nossa propriedade, até quando tivermos ajustado o novo frigorífico ao sistema empregado nos demais”.
Russo informou que foram contratados 340 funcionários, que é o grupo inicial de trabalhadores que serão necessários para tocar a indústria.
Outra informação do empresário é que, com a consolidação do sistema de rastreabilidade nas exportações, ao contrário dos outros dois frigoríficos de Nova Andradina e Anastácio, onde praticamente só é aceito gado rastreado, e pelo qual é paga diferença a mais de aproximadamente R$ 2 por animal, o frigorífico de Campo Grande vai trabalhar com aqueles pecuaristas que ainda não entraram no sistema da rastreabilidade.
Fonte: Correio do Estado/MS (por Mauricio Hugo), adaptado por Equipe BeefPoint