Nessa semana os frigoríficos conseguiram sustentar as pressões baixistas e o preço do boi gordo recuou. O indicador Esalq/BM&F boi gordo a prazo foi cotado a R$ 93,86/@, com variação negativa de 1,95%.
Nessa semana os frigoríficos conseguiram sustentar as pressões baixistas e o preço do boi gordo recuou. O indicador Esalq/BM&F boi gordo à vista apresentou queda de 1,59%, sendo cotado a R$ 92,82/@, nesta quarta-feira. O indicador a prazo foi cotado a R$ 93,86/@, com variação negativa de 1,95%.
Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&F, relação de troca, câmbio
No mercado futuro, a semana foi bastante agitada e os preços voltaram a recuar. Os contratos já vinham se desvalorizando e o movimento de baixa ganhou forças com notícias de aumento nas escalas dos frigoríficos, consolidação do movimento de baixa – pelo menos no momento -, dificuldade no ecoamento da carne pelos frigoríficos e possíveis barrerias impostas pela Rússia – que na verdade podem ser impostas a uma planta específica no estado de Rondônia, e não devem afetar o mercado de maneira geral.
Nesta semana todos os vencimentos registraram variação negativa. O primeiro vencimento, julho/08, fechou nesta quarta-feira a R$ 90,04/@, acumulando queda de R$ 3,28 na semana. Os contratos que vencem em outubro/08 foram os que apresentaram maior variação semanal, com recuo de R$ 4,71, fechando a R$ 86,89/@.
Gráfico 1. Indicador Esalq/BM&F e contratos futuros de boi gordo (valores à vista), em 08/07/08 e 16/07/08
Para baixar os preços o frigoríficos alegam que a venda de carne está muito ruim e que a diferença entre o valor pago pela arroba e o valor conseguido com as vendas no atacado ainda é muito grande.
Como está o mercado do boi gordo na sua região, em relação a preços, oferta e demanda e número de negócios efetivados? Por favor utilize o box de “cartas do leitor”, para nos enviar informações relevantes sobre o mercado.
No mercado de reposição, parece que a euforia acabou. A perda de força dos preços do bezerro pode ser explicada pela piora na relação de troca, ou seja, com os preços do boi gordo recuando a reposição não está sendo tão interessante nesse momento. O indicador Esalq/BM&F bezerro MS à vista foi cotado a R$ 754,80/cabeça, nesta quarta-feria, registrando variação semanal de 0,21%. Assim a relação de troca recuou para 1:2,03.
Gráfico 2. Indicador Esalq/BM&F boi gordo à vista x indicador Esalq/BM&F bezerro MS à vista
No atacado, a pressão de baixa exercida pelos compradores, somada ao fato das vendas continuarem retraídas e muito truncadas, forçaram novas baixas nos preços da carne e mercado segue com pouca procura. Segundo o Boletim Intercarnes, a tendência para o mercado de carne bovina é indefinida, e somente deve ocorrer melhora nos preços após maior escoamento das ofertas e aumento da demanda.
O traseiro foi cotado a R$ 5,80, o dianteiro a R$ 4,70 e a ponta de agulha a R$ 4,20. O equivalente físico teve desvalorização de 6,16%, sendo calculado em R$ 77,45/@. Como, na semana, a desvalorização do equivalente foi maior doque a do boi gordo, o spread aumentou ficando em R$ 15,38/@. Vale lembrar que quanto maior o spread menor será a margem bruta do frigorífico.
Tabela 2. Cotações do atacado da carne bovina
Zerando as alíquotas, o ministério espera aumentar a oferta de fertilizantes e estabilizar as cotações internas desses produtos, segurando, por fim, o preço dos alimentos.
“A solução para a agricultura não está nas mãos do Ministério da Agricultura. Está nas mãos do Ministério de Minas e Energia”, avisou, referindo-se a questões de exploração de jazidas de matérias-primas de fertilizantes, com fosfato, potássio e nitrogenados. O ministro tem insistido na melhoria da legislação para acelerar a retomada, pelo governo, do direito de exploração de novas jazidas de fosfato e potássio concedidos a empresas privadas.
Em audiência pública na Câmara dos Deputados, o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, garantiu que o Brasil possui jazidas suficientes de fosfato e um grande potencial para produção de nitrogenados. “No entanto, ainda é preciso identificar e dimensionar melhor essas jazidas”, esclareceu.
Quanto à possibilidade de aumentar a produção interna de fertilizantes e reduzir a vulnerabilidade do Brasil, o ministro recomendou cautela. “Poucos países produzem e exportam esses componentes e existe um risco, em caso de grande aumento da demanda mundial e por questão de proteção de mercado”, enfatizou.
No início desta semana circulou no mercado a informação de que a Rússia poderia impor novas restrições à carne bovina brasileira. Mas o Mapa divulgou uma nota informando que o Serviço Federal Veterinário e Fitossanitário da Rússia comunicou uma possível suspensão da exportação de carne bovina de um frigorífico do estado de Rondônia.
A Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa informou, portanto, que o mercado brasileiro continua aberto para a exportação de carne bovina a Rússia, inclusive Rondônia.
No início da semana também foi realizado pela Conab o leilão dos animais da operação “Boi Pirata”, que apreendeu animais que estavam sendo criados em áreas ilegais na Amazônia, na Estação Ecológica Terra do Meio, em Altamira/PA.
O leilão desta segunda, com 3,5 mil cabeças e preço de abertura de todos os lotes de R$ 3,9 milhões, atraiu a participação de 14 Bolsas de Mercadorias de todo o Brasil, mas não houve lance. O vice-presidente da Bolsa de Cereais de São Paulo, Reinaldo Rosanova, acompanhou pessoalmente a operação na sede da Conab. “Tinha comprador para todo o lote, mas o preço estava acima do mercado”, explicou.
O resultado da primeira rodada de negociação não surpreendeu o governo. “É uma reação normal do mercado, principalmente por se tratar de uma primeira operação desse tipo”, minimizou o superintendente da Conab, João Cláudio Dalla Costa. O segundo leilão está marcado para o dia 21 de julho.
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Frigorificos desta região que não são exportadores tentam pagar R$ 80 no boi à vista, mas não conseguiram comprar nenhum boi, o gado magro já tem bastante oferta de bezerros de R$ 750, e poucos negocios, o bezerro aqui estava sendo pago de R$ 800 a R$ 820.
Na nossa região parou tudo de vez, os grandes frigorificos pararam suas compras, e tentam abaixar cada vez mais os preços, que nesse caso é o mais certo, ninguem vai matar boi para perder dinheiro, tocar uma industria custa caro, e tomem cuidado vocês pecuaristas, porque agora é a hora da quebradeira das bicicletas (gente que trabalha sem capital próprio, só no giro) ninguém aguenta prejuizo muito menos quem não tem capital próprio.
Contra fatos não existem argumentos. Sem poder aquisitivo que pague estas altas o consumidor se retira para outros produtos da cesta basica e com estoques altos a saida é baixar preços.
Penso que os supermercados, principalmente, deveriam baixar também suas margens neste produto, pois percebo lojas ganhando de 40 até 50 % por corte, isso é muito para justificar limpeza ou perdas na hora de desembalar um produto que tem um grande giro.
Com prazos longos de pagamento o que se observa é que a carne muitas vezes paga outros produtos do mix das lojas que tem um giro e um lucro bem menor.
Segundo a informação do leitor Evándro o que está “sobrando” no mercado são os miúdos e uma queda pequena no preço do couro verde.
No entanto, Diogo Peixoto nos informa que em sua região, os frigoríficos não conseguem comprar bois para o abate devido à pressão baixista imposta aos preços da @ de boi gordo
A próxima semana será decisiva em definir qual o lado mais forte desta luta: se os frigoríficos (pressão baixista dos preços) ou os produtores (que sofrem pressões nos seus custos de produção).
É pagar para Ver.
Eu espero que não, mais o que o mercado vem ditando é totalmente o oposto que os pecuaristas estão pretendendo, com o recuo nas compras os frigorificos estão se precavendo, pois o valor do produto acabado não é equivalente ao custo da compra. Com o mercado abarrotado de carne, os pecuaristas devem ficar de orelhas em pé porque esta fase de bom preço na @ pode passar.
É tudo balela, conversa de comprador para frigorifico, o mercado tem poucos animais, até alguns dias atrás São Paulo estava buscando boi magro em Rondônia e vaca gorda na Bahia, como de lá para cá o mercado enxogou de carne?
O consumidor está comprando menos, não conheço ninguém que passe uma semana comendo. Calma pessoal o gado da Bahia quase acabou o mercado vai voltar a sua normalidade de alta, e muitos confinadores estão vendendo os animais do segundo giro no confinamento, e a matança de vaca deve continuar assim, por culpa dos frigorificos que só estão matando vacas, segundo alguns comentários (idoneos) o frigorificos temiam que a @ chega-se a R$ 200, medidas enérgicas foram tomadas estomatite numa fazenda com 50 animais é comédia, eles acham que todos são tontos, palpite seja conservador e prudente.
E boa sorte pecuaristas.