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Frigoríficos de Rondônia terão duas balanças

Para acabar com as divergências de peso do gado em Rondônia, foi criada uma lei obrigando os 19 frigoríficos do estado a instalarem balanças mecânicas ao lado das eletrônicas para que os produtores possam comparar os pesos.

Para acabar com as divergências de peso do gado em Rondônia, foi criada uma lei obrigando os 19 frigoríficos do estado a instalarem balanças mecânicas ao lado das eletrônicas para que os produtores possam comparar os pesos.

A lei elaborada pelo deputado estadual Alex Testoni, entrará em vigor no próximo dia 28. “A obrigatoriedade vai dar ao pecuarista a certeza e a contraprova de que não está sendo lesado pelo seu esforço e a sua produção na hora da comercialização”, comentou.

No dia 8 de maio a Agência de Defesa Agrosilvopastoril de Rondônia (Idaron) enviou aos frigoríficos um ofício com cópia da lei, mas, segundo Testoni, a maioria dos estabelecimentos ainda não encomendou os equipementos. “Os frigoríficos estão tentando boicotar a lei, alegando que não estão encontrando as balanças no mercado”, contou.

De acordo com o parlamentar, o rendimento de carcaça obtido em Rondônia é um dos mais baixos do país. “O nosso rendimento fica entre 50% e 52%, enquanto de outros estados está entre 55% e 56%”, comparou.

Uma comissão será formada para fiscalizar os frigoríficos e aqueles que não cumprirem a lei terão os incentivos fiscais e tributários suspensos, informou reportagem da Folha de Rondônia.

0 Comments

  1. Alencar resende disse:

    Tenho fazenda em RO. Antes de vir para cá, tinha fazenda em Governador Valadares – MG – Vale do Rio Doce.

    Fico muito assustado com o rendimento de carcaça dos animais abatidos aqui em RO quando comparado com os abatidos em Governador Valadares, o rendimento é ridículo. Sempre suspeito que tem “alguma coisa estranha no ar”.

  2. Juciliano Munhoz disse:

    Não adianta colocar balança, o que vai acontecer é que irão limpar mais a carcaça, vai ter baixo rendimento do mesmo jeito, se quiserem lesar o produtor, não tem como evitar, existem várias formas, eu acho que devemos procurar vender para a empresa mais honesta possível.

  3. Eduardo Catuta de Rezende Ferreira disse:

    Ótimo!

    Acho importante criar mecanismos que acabem com o péssimo clima que ainda nos dias de hoje perpetua na relação produtor x frigorífico, mas acredito que o correto seria colocar uma balança mecânica antes da toalete para verificar o padrão de limpeza que é o que mais preocupa em todos os frigoríficos, Mato Grosso já tem a balança da Famato, mas ainda está posicionada em local inadequado, o que interessa é o padrão de limpeza, pesando a carcaça antes da toalete não existirá mais a possibilidade de fraudar a pesagem.

    Mãos a obra.

  4. Edmar Abrantes Soares disse:

    Passei por isso dias antes de ler essa reportagem, e fiquei surpreso em saber que não estou sozinho no barco.

    Pois abati alguns animais de qualidade Nelore padrão com bom acabamento pesando 18 @ (touros) pensando que iria dar um rendimento de aproximadamente de 54,5% o que era de costume no ano passado, pela indústria a qual abate os meus animais.

    Foi uma decepção, tive foi uma perda no rendimento de 13%. Fui reclamar a na indústria ao gerente de compras, fui bem recebido com a minha reclamação, mas decepcionado com a resposta, pois dizem que o rendimento nessa época de chuvarada é esse mesmo, quebra de peso.

    Mas abate dos meus animais foi exatamente por causa da seca que já chegou aqui em Rondônia a dois meses atrás, não temos mais animais comendo ponta de capim a não ser aquele que fura a cerca para comer no beco das estradas.

    Quero deixar bem claro que não quero o que não é meu, e sim o que tenho direito. Rendimento justo.

  5. Alex Batista Bezerra disse:

    É importante termos ações, que levem o produtor a ficar mais consciente da sua real produção, e que essas ações venham a desmistificar, ou finalmente comprovar a real situação das pesagens nos frigoríficos do Brasil, não só de Rondônia.

  6. Osvaldo Del Grossi disse:

    Confirmo o que o Junior de Juara escreveu. Tenho vendido na mesma cidade, bois acima de 500 kg no peso vivo com uma noite de mangueira, obtendo um rendimento de 52% para Nelores e 51% para cruzados. Quanto a vacas/novilhas é difícil vender no peso vivo. É o velho ditado “se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”. Esta animosidade entre pecuaristas e frigoríficos só deve diminuir ou acabar à medida que reduzir consideravelmente a oferta de bovinos.

  7. Adson Luis Rossato Costa disse:

    Meus parabéns ao deputado estadual Alex Testoni pela iniciativa de tentar parar esse tipo de fraude que os frigoríficos fazem, eu costumo chamar este ato que os frigoríficos cometem de latrocínio, morte seguido de roubo.

  8. Jucelino dos Reis disse:

    Onde estão nossos representantes CNA, FAEP, FAMASUL e outras federações que não questionam juntos a órgãos com a Polícia Federal, Promotoria de Investigações Criminais, e outros órgãos afins, para colocar atrás das grades essa quadrilha de roubo de carne.

    Sim, porque se prendem quadrilhas de roubo de cargas, de caça- níqueis, de bingo, de licenças falsas do Ibama, e outras, e no entanto não se faz nada contra essa camarilha que a vêm a anos lesando produtores praticamente em todo País, em bilhões de reais anualmente.

    Passei recentemente por uma experiência que chega às raias da humilhação. Abatemos um lote de 108 bois Nelore, apenas 4 de cruzamento industrial, com peso vivo médio de 530 kg, e o rendimento pasmem foi de apenas 49%. Se isso não é um caso de polícia, então nada mais é.

    Peço veementemente a nossos representantes que articulem investigação com os órgãos competentes e coloquem um fim nessa vergonha que é o roubo através da balança. O produtor aceita discutir, até a exaustão, matérias como: preço e prazo ou qualquer outra condição. Mas é inadmissível discutir peso.

  9. Julio Forster de Freitas Lima disse:

    Amigos, aqui no Rio Grande do Sul não é diferente. Abati no Frigorífico Silva, animais com 30 meses, com 220 kg de carcaça, todos com gordura acima de 2 e o rendimento de fazenda deu 46%.

    Que que acharam? É roubo né. Não adianta balança. O que eles dizem é que tem uma exigência muito grande de toilete. Bota rapaziada caprichosa nisso!!!!

    Os antigos é que faziam o certo ” vender a peso vivo na balança da fazenda e o boi só sai com dinheiro na conta”. Tenho lido bastante o que está acontecendo lá por Rondônia,f oi exatamente o que se passou aqui pelo Rio Grande nos últimos 4 anos, até chegar onde estamos hoje. Todo mundo vendeu os touros, a produção de terneiros caiu pela metade e a escasses da reposição regulou o preço do mercado. Hoje a indústria pressiona para baixar preço, mas não tem matéria prima, conseqüentemente, atende às exigências do pecuarista. Se é para vender com prejuízo, temos que reduzir a oferta.

  10. Altair Kuntz disse:

    Esta matéria é muito interessante pois sempre que alguém se acha lesado tem que se manifestar.

    Mas a gente tem que ser consciente também na hora da pesagem dos animais pois sempre que o pecuarista pesa o boi na sua propriedade ele tem que ser consciente que tem que dar um jejum de no mínimo de seis a oito horas, pois o que se tem acompanhado em outras regiões do Brasil sempre que vai se pesar bois para abate sempre se dá jejum nos animais, então quando o boi é vendido para os compradores de bois que repassam para os frigoríficos sempre se faz isso e eles ganham dinheiro. Será que alguém não esta errando nisto tudo?
    Porque não tentar negociar com frigorífico com peso da fazenda? E ai seguir as normas para as pesagem adequadas para ver o que vai acontecer.