Pressão: Na quarta-feira (02/03), o preço da arroba do boi gordo caiu, a queda foi de 1,10% em apenas um dia, ficando cotada a R$ 130,74. Isso pode ser reflexo da dificuldade do escoamento da carne bovina no ata- cado e no varejo, com isso, as plantas frigoríficas diminuíram o preço pago pela arroba do boi. Diante desta desvalorização, a “queda de braço” entre frigoríficos e pecuaristas se intensificou nos últimos dias, e a escala de abate média do Estado chegou a bater na quinta-feira (03/03) o menor valor desde julho/15, ficando em 5,03 dias. Tal cenário de entrave na comercialização de animais deve continuar a pairar no mercado du- rante as próximas semanas, já que a oferta continua restrita devido ao ciclo pecuário atual e, somado a isso, os pecuaristas podem manter seus animais por mais tempo nas pastagens, já que essas se encontram em boas condições após as chuvas de verão.
– Ao longo da última semana, a demanda impactou as indústrias e freou as conseguintes elevações semanais que estavam ocorrendo. A desvalorização observada nesta semana foi de 0,36%, e a cotação da arroba do boi gordo ficou em R$ 131,15 na média semanal.
– O preço do bezerro de ano no Estado durante a última semana registrou valorização de 4,27%, fechando com média semanal de R$ 1.312,50/cab.
– Para o contrato futuro do boi gordo com vencimento em maio/16, houve desvalorização de 1,56%, com este fechando a semana com média de R$ 154,13/@.
– A relação de troca boi/bezerro caiu 4,45% nesta semana, devido à forte elevação do preço do bezerro frente à relativa estabilidade na cotação do boi gordo.
DIFERENCIAL ELEVADO: O diferencial de base (diferença entre o preço da arroba do boi gordo entre SP e MT) é uma ferramenta comumente utilizada pelos pecuaristas para verificar o “desconto” que se deve fazer nos preços futuros que estão sendo negociados na BM&F em SP, trazendo esses para a base MT. Em Mato Grosso, este diferencial atingiu o valor de 17,63% em fevereiro de 2016, sendo o maior dos últimos 24 meses. O motivo para a elevação do diferencial deve-se a uma maior valorização no preço da arroba do boi gordo em São Paulo se comparado a Mato Grosso. O afastamento da média histórica que começou a ocorrer a partir de setembro/15, se deu após um momento de fechamento de plantas frigoríficas em Mato Grosso. Diante disso, apesar de ter alcançado tamanha diferença, a convergência para a média histórica deve acontecer mais cedo ou mais tarde, sendo através da redução do preço em SP ou da valorização da arroba em MT.
Observações:
8 – Considera-se para o cálculo do equivalente físico do boi gordo um animal de 17 arrobas ou 255 quilogramas de carcaça; 49% do peso advém do traseiro com osso, 39% do dianteiro com osso e 12% da ponta de agulha, todos os cortes com osso no atacado.
9 – Consideram-se para o cálculo equivalente físico do boi gordo + couro/sebo os pesos dos cortes cárneos com osso e o peso do couro e sebo obtido no abate de um bovino.
10 – Consideram-se para o cálculo equivalente físico do boi gordo + couro/sebo + subprodutos o peso dos cortes cárneos com osso no atacado, o peso do couro e sebo e os pesos dos subprodutos da indústria.
11 – Consideram-se para o cálculo equivalente dos cortes desossados + couro/sebo + subprodutos o peso dos cortes cárneos desossados no atacado, o peso do couro e sebo e o peso dos subprodutos da indústria.
12 – Para o cálculo da relação de troca entre o boi gordo e o bezerro de 12 meses considera-se um boi gordo de 17 arrobas.
Fonte: Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária.