O mercado físico não apresentou grandes alterações, assim volume de ofertas e de negócios efetivados não aumentou significantemente. Apesar disso, os frigoríficos aumentaram a pressão por recuos no preços da arroba, forçando grandes oscilações nos preços. Em Sã Paulo, os frigoríficos tentam comprar animais abaixo dos R$ 100,00/@, mas ainda encontrando resistência por parte dos pecuaristas. Agentes do mercado do boi gordo comentam que no Mato Grosso do Sul a oferta é um pouco melhor e é possível adquirir animais a R$ 94,00/@, à vista.
Nesta semana o mercado seguiu trabalhando com baixo volume de negócios e os preços da arroba do boi gordo continuaram apresentando forte oscilação.
Na última quarta-feira, o indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista foi cotado a R$ 102,78/@, acumulando variação negativa de 0,24% na semana. Por outro lado o indicador a prazo teve alta de 0,22% no mesmo período (05/01 a 12/01), sendo cotado a R$ 104,18/@.
Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&FBovespa, relação de troca, câmbio
Em 2011, até o momento, o indicador a prazo registrou queda de 1,97%, já que no último de 2010 a arroba valia R$ 106,27/@. Já no primeiro dia do ano houve um recuo de 1,93% e daí em diante a arroba seguiu oscilando bastante.
Analisando o que aconteceu com este indicador no ano passado temos uma valorização acumulada nos 12 meses do ano de 36,05%. Se ampliarmos um pouco a foto, podemos dizer que do piso (R$ 76,18/@ apurado no dia 08 de janeiro) ao pico de preços (R$ 119,41/@ no dia 11 de novembro) o ganho foi de 56,75%.
Esse tipo de variação é que fez a Acrimat e o Imea avaliarem 2010 como um ano positivo para a pecuária. “Houve no segundo semestre uma recuperação extremamente positiva nos preços da arroba e a manutenção nos preços dos custos de produção”, disse o presidente da Acrimat, José João Bernardes.
Nesta semana publicamos o artigo: 2010: A pecuária de corte em gráficos,que mostra a evolução do principais indicadores no ano de 2010. 2011 seguirá no mesmo ritmo?
Durante a última semana o mercado físico não apresentou grandes alterações, assim volume de ofertas e de negócios efetivados não aumentou significantemente. Apesar disso, os frigoríficos aumentaram a pressão por recuos no preços da arroba, forçando grandes oscilações nos preços. Em Sã Paulo, os frigoríficos tentam comprar, sem grande sucesso, animais abaixo dos R$ 100,00/@, mas ainda encontrando resistência por parte dos pecuaristas. Agentes do mercado do boi gordo comentam que no Mato Grosso do Sul a oferta é um pouco melhor e é possível adquirir animais a R$ 94,00/@, à vista.
Segundo os analistas do Cepea, “operadores do setor pecuário continuam realizando poucos negócios devido à visão pouco clara sobre os níveis de oferta e demanda neste começo de ano. Quanto à oferta de animais, segue baixa, mas frigoríficos continuam cautelosos para ofertar valores maiores”.
Caio Junqueira Neto, da Cross Investimentos, comentou no Twitter que a “oferta de boi no MS é confortável a R$ 95,00 a ponto de industrias estarem com a semana que vem pronta e algumas plantas se encontram fora das compras”.
Segundo Diogo Castilho, “as escalas estão um pouco mais longas no MS, MT, SP e algumas plantas de GO. Ofertas aumentando gradativamente, principalmente com vacas”.
O leitor do BeefPoint, Laerson Pietrobon, de Palmital/PR, comentou que na sua região (centro do Paraná) a oferta está escassa e a chuva dificulta o embarque de animais para abate. “O preço do boi gordo gira em torno de R$ 98,00 e o da vaca de R$ 90,00. A oferta é pequena, pois na virada do ano foi abatido o que tinha de bovinos acabados”, completou.
Como está o mercado na sua região? Utilize o formulário para troca de informações sobre o mercado do boi gordo e reposição informando preços e o que está acontecendo no mercado de sua região.
Na BM&FBovespa, a semana foi de alta em todos os contratos de boi gordo negociados. O primeiro vencimento, janeiro/11, fechou o pregão de quarta-feira (12/01) valendo R$ 101,18/@, com variação positiva de R$ 0,76 na semana. Os contratos que vencem em fevereiro/11 registraram alta de R$ 1,90, fechando a R$ 98,90/@ e os que vencem em maio/11 estão valendo R$ 91,96/@ (+ R$ 0,51 no período analisado).
Gráfico 1. Indicador Esalq/BM&FBovespa e contratos futuros de boi gordo (valores à vista), em 05/01/10 e 12/01/11
O preço do bezerro apresentou maior retração melhorando um pouco a situação de quem precisa repor o rebanho, já que a relação de troca subiu para 1:2,41. O indicador Esalq/BM&FBovespa bezerro MS à vista foi cotado a R$ 703,13/cabeça, com desvalorização de 1,78% na semana, mas ainda está 17,34% mais caro do que o apurado no mesmo período do ano passado.
Gráfico 2. Indicador Esalq/BM&FBovespa bezerro MS à vista x relação de troca
Veja alguns artigos interessantes publicados no BeefPoint durante esta semana:
2010: A pecuária de corte em gráficos
Um planeta faminto e a Agricultura brasileira
Preços da arroba nos últimos 50 anos
MT: Acrimat e Imea divulgam balanço do setor em 2010
Dezembro: exportação cresce em receita e volume
Rossi espera aumento das exportações em 2011
Frigoríficos projetam aumento dos abates em 2011
Acrimat pede medidas para forçar pagamento de ágio pelo boi Eras
Cresce movimento agropecuário na BM&FBovespa
Belluzzo: demanda e câmbio são grandes desafios
Economistas preveem queda dos EUA e ascensão chinesa
Conheça os Ministros de Dilma Rousseff
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Prezado André,
Leio e gosto de seus artigos, porém analisando os gráficos e seu comentário “ganho” de 56,75% no pico de 11 de Novembro (R$119,41/@) discordo desta colocação e prefiro dizer que houve uma valorização temporária da @, pois quantos pecuaristas tinham e venderam seus produtos nesse pico?? No mesmo artigo vc faz uma ressalva do comentário do Sr José João Bernardes(ACRIMAT), em que analisam o segundo semestre/10 como positivo, com valorização dos preços e “manutenção do custo de produção”. Não foi o que ocorreu em minha região, a seca prolongada e severa(estou a 16 anos na região e foi a pior que presenciei), ainda há requicios dela…..os pastos ainda não se recuperaram, com queda de suporte/área, muitos tiveram que vender gado por falta de pasto, está dificil aluguel de pasto, a recria foi prejudicada e a engorda será mais prolongada desses animais, o indice de vacas prenhes com certeza será menor nessa estação, enfim houve sim alteração de custo de produção analizando outros dados que não sejam somente preços de medicamentos,sal,salários,etc…
Espero que este ano os preços sejam bons, e que nós produtores nos preparemos melhor para possíveis intempéries e possamos aproveitalas em nosso favor.
Abraços, Adilson.