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Frigoríficos gaúchos buscam ampliar mercado internacional

Um ano depois do fim da febre aftosa no Estado, as exportações gaúchas de carne ainda não retomaram o ritmo normal. Segundo o Sindicato das Indústrias de Carnes do Estado (Sicadergs), o Estado deixou de exportar o equivalente a R$ 55 milhões e ainda não foram recuperados todos os mercados que suspenderam as compras em função da doença nos bovinos.

Para incrementar os negócios externos, os frigoríficos gaúchos começaram a desenvolver uma série de ações. Em reunião com a gerente geral da Agência de Promoção das Exportações (Apex), Dorothéa Werneck, os associados do Sicadergs definiram uma agenda de promoção dentro e fora do país.

Para impulsionar a retomada do setor, o pagamento das cinco parcelas a que o consórcio gaúcho ainda tem direito dos R$ 445 mil disponibilizados pela Apex será antecipado. “Além disso, serão injetados novos recursos neste projeto”, destaca Dorothéa.

O valor ainda não foi definido, mas será acertado entre a Apex e o Sicadergs. Além de aumentar o orçamento, o governo também vai ampliar o prazo de incentivo dado ao projeto, que acabaria em maio de 2003.

O vice-presidente da entidade, José Alfredo Knorr, acertou com Dorothéa um conjunto de ações para reabrir mercados como o chileno, que na semana passada anunciou a retomada das compras do Estado, e avançar sobre regiões onde não entra a carne gaúcha. Uma das intenções é trazer para a Expointer, que se realiza de 24 de agosto a 1o de setembro, importadores potenciais de diversos locais do mundo. “A mostra é uma vitrina da genética gaúcha e da qualidade de nossa carne. É o melhor momento para ampliarmos nossos negócios”, afirmou Knorr.

Outro evento que começa a ganhar força é uma reunião de exportadores gaúchos com importadores chilenos, possivelmente dentro de um mês. Ainda são necessários entendimentos com as embaixadas dos dois países para o encontro, que seria realizado no Chile. As exportações de carne bovina desossada e maturada para aquele país foram liberadas no dia 9 de julho, mas ainda não foi feito nenhum embarque. Antes do advento da febre aftosa, em maio de 2001, o Rio Grande do Sul embarcava em média para aquele país 900 toneladas mensais, resultando em um volume de US$ 1,5 milhão.

Os gaúchos não param por aí. Segundo Knorr, pretendem participar do Salão Internacional da Alimentação de Paris (Sial), em outubro. Também devem comparecer à Feira de Alimentos de Cuba, marcada para novembro, e de uma exposição internacional que se realiza em dezembro, em Miami (EUA). “Essas mostras são importantes porque pretendemos conquistar mercados da América Central, como Trinidad Tobago e Jamaica”, disse Knorr.

Para eliminar a aftosa foram mortos 16 mil animais. O RS ainda é considerado área infectada pela Organização Internacional de Epizootias e espera receber da OIE, até outubro deste ano, o reconhecimento de região livre de aftosa com vacinação.

Fonte: Zero Hora/RS, Clic RBS/Agrol e Jornal do Comércio/RS, adaptado por Equipe BeefPoint

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