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Frigoríficos gaúchos defendem contrato de compra e venda com pecuaristas

O Sindicato da Indústria de Carne e Derivados do Rio Grande do Sul (Sicadergs) reúne-se hoje na Federação de Agricultura do Estado (Farsul) para discutir sobre o mercado do boi. De acordo com o diretor-executivo do sindicato, Zilmar Moussalle, será estudada a possibilidade de haver um contrato entre o produtor e a indústria, mesmo que seja de curto prazo. “Sem garantias de entrega, o frigorífico tem que procurar fornecedores toda a semana. Tem que existir escala de abate de pelo menos dez dias, pois sem isso o frigorífico não pode dar garantia de preço”.

O instrumento também pode servir como uma defesa para os gaúchos frente à concorrência com a carne do Centro do País. Segundo a Delegacia Federal de Agricultura, apenas dos estados do Paraná, Goiás e São Paulo foram compradas 24.897 toneladas de carne em 2002, o que representa mais de 5% da produção gaúcha anual média. Conforme Moussalle, este percentual é suficiente para mexer com o mercado, alterando tanto os preços como o abastecimento. Porém, o dirigente disse que as compras de outros estados são necessárias, já que o RS consome mais do que produz, além de exportar parte da produção.

O presidente da Associação Gaúcha de Supermercadistas, Antônio Longo, disse que apenas no final do ano entra carne do Centro no RS. Para ele, comprar o produto de outras localidades é bom para o consumidor, pois regula os preços. Neste mês devem começar as promoções, pois os frigoríficos se prepararam para um aumento de vendas em dezembro que não ocorreu. Com o dólar em queda, a tendência é de que a carne seja também desvalorizada.

Cotação

Na reunião semanal que promovem no Sindicato Rural de Alegrete, pecuaristas diagnosticaram reação no preço boi gordo, prevista para a segunda quinzena do mês. A indústria teria intensificado a procura e flexibilizado os preços. Na reunião anterior, manifestou-se preocupação com uma queda nos preços em função da entrada de produto do MT. O quilo do boi vivo foi estabelecido em R$ 1,80 e o da vaca em R$ 1,60.

Fonte: Correio do Povo/RS, adaptado por Equipe BeefPoint

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