Assim como em Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, os frigoríficos gaúchos também estão suspendendo o abate por falta de gado gordo e preço alto. A ociosidade chega a 80% da capacidade instalada no estado. Pelo menos quatro estabelecimentos estão parados e outros 25 operando em patamares mínimos de produção.
Assim como em Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, os frigoríficos gaúchos também estão suspendendo o abate por falta de gado gordo e preço alto. A ociosidade chega a 80% da capacidade instalada no estado. Pelo menos quatro estabelecimentos estão parados e outros 25 operando em patamares mínimos de produção.
Por conta disso, o número de demissões no setor já beira 1 mil, informou o diretor executivo do Sindicato das Indústrias de Carne do Estado (Sicadergs), Zilmar Moussalle.
Segundo reportagem de Sérgio Bueno, do Valor Econômico, o Rio Grande do Sul tem capacidade para abater 3,5 milhões de cabeças de gado bovino por ano, considerando-se apenas os abates oficiais, mas no primeiro semestre o número ficou em torno de 750 mil, 15% a menos que em igual período de 2006.
Conforme Moussalle, a falta de matéria-prima deve-se à baixa taxa de natalidade provocada por sucessivas estiagens e também pela acentuada venda de matrizes para abate. “Os produtores estavam descapitalizados”, comentou, dizendo que o quadro foi agravado pelo aumento de 100% nas exportações no ano passado, para 243 mil toneladas, e pelo inverno rigoroso que prejudicou as pastagens.
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Agora o Sicadergs se preocupa com abate de matrizes, taxa de natalidade e até com inverno rigoroso!
Quando essas informações a 2 anos atrás eram repassadas de uma forma ou de outra por parte dos produtores, não era problema, pois estava com matéria prima em abundância, vendendo com alta margem e pagando o que bem entendiam.
Pois bem, agora chegou a hora de “queimarem a gordura do casco ” pois, por muito tempo eramos nós, os produtores que tivémos de “queimar o casco” pois a gordura não existia mais!
Falta de união entre os parceiros do setor leva a isso. Por algum tempo os produtores perdem, mas ninguém nota ou noticia. Agora quando os frigoríficos começam a perder é um Deus nos acuda.
Os produtores, passaram de 2001 até metade de 2006, recebendo o valor do quilo do boi gordo, por volta de R$1,70. Enquanto isso, subiam salários, adubo, arame, tudo mais que custa para produzir o boi.
Os frigoríficos apenas escutavam nossas revindicações, mas nos ignoravam.
Agora chegou a nossa vez. Vamos escutar a choradeira,e ignorá-los. Pois se querem boi gordo, que paguem, mas paguem muito. Afinal como eles mesmos nos diziam, esta é a lei da oferta e da procura.
Parabéns pelo comentário Max Garcia.
E não precisa ser nenhum especialista no assunto, para prever que esse cenário irá piorar. Aliás, especialistas é o que mais aparece quando o problema estoura.
Velho ditado: “quem tem competência que se estabeleça”.
Entendo que os frigoríficos devam se comportar como indústria e indústria precisa ter escala e produção assegurada. Desta forma deveria haver por parte dos mesmos o discernimento que a arroba produzida tem um custo de produção médio de acordo com a época do ano e com cada região; desta forma em comum acordo com os produtores deveria se chegar a determinado preço de venda que remunere o produtor com seu lucro compatível e dê condições de planejamento de ambas as atividades (pecuaristas e frigoríficos).
Ninguém ganha sozinho por muito tempo; esta é a principal lei do mercado.
Abraço a todos