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Frigoríficos: margens melhores no 4T11 devido redução do preço da arroba, dizem analistas

A esperada melhora das margens deve refletir o início de um período com maior disponibilidade de gado para abate e a consequente redução de preços da arroba do boi no mercado interno. O setor de carne bovina veio até 2010 de pelo menos dois anos em que a oferta restrita de animais puxou os preços da arroba a níveis recordes no mercado interno.

A indústria de carne bovina do Brasil deve apresentar melhora das margens no quatro trimestre, pela oferta maior de animais para abate, enquanto o setor de frango sofreu pelos custos maiores com o milho, apontaram analistas. A maioria dos analistas previu ainda que o balanço das três principais empresas de proteína animal do país trará um lucro no último trimestre do ano passado.

A esperada melhora das margens deve refletir o início de um período com maior disponibilidade de gado para abate e a consequente redução de preços da arroba do boi no mercado interno, apontou o analista Gustavo Lomonaco, da XP Investimentos. O setor de carne bovina veio até 2010 de pelo menos dois anos em que a oferta restrita de animais puxou os preços da arroba a níveis recordes no mercado interno.

O JBS divulgou seu resultado do quarto trimestre nesta quarta-feira, após o fechamento do mercado. O balanço da Brasil Foods sairá na quinta-feira, e o Marfrig divulgará seu desempenho do último trimestre em 29 de março.

Em relatório ao mercado, o banco HSBC atribui esta melhora nas margens à produção recorde de novilhos nos anos anteriores e que está chegando ao mercado neste momento.

A analista da Bigma Consultoria, Lygia Pimentel, observa que um dos efeitos deste incremento de oferta é que os frigoríficos conseguem distribuir melhor os gastos, diluindo assim os custos fixos, o que deve ser vistos nos resultados.

Lygia acrescenta que o resultado esperado para quarto trimestre deve se prolongar ao longo deste ano, uma vez que o cenário é particularmente favorável para os frigoríficos, diante da previsão de menor disponibilidade na oferta global, especialmente nos EUA, grande exportador como o Brasil.

O processo de desalavancagem conduzido pelo JBS, com emissão de bonds, e a decisão de abrir o capital de sua subsidiária para leite, a Vigor, também são vistos pelos analistas como fatores positivos para a companhia, mas só devem ter impacto nos resultados futuros.

No caso da Marfrig, as mudanças na estrutura organizacional para otimizar operações também são consideradas positivas para a companhia, pela questão da governança, ressaltou Lomonaco, analista da XP Investimento.

Já a Brasil Foods, maior indústria processadora de frangos e suínos do Brasil, não partilha do cenário mais otimista visto para o setor de carne bovina, por conta dos custos maiores com milho, principal insumo da empresa. A alta dos preços do milho pressiona o custo de produção e deverá ter impacto nas margens da BRF, ponderou Lomonaco da XP Investimentos.

Fonte: Reuters, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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