Mercado Físico do Boi – 29/11/07
29 de novembro de 2007
Produção de carne e preço do boi gordo no Brasil
3 de dezembro de 2007

Frigoríficos mudam para garantir faturamento em 2008

A alta dos preços do boi começa a afetar a rentabilidade dos frigoríficos, que terão que reajustar preços e procurar nichos de mercados para garantir o faturamento em 2008.

A alta dos preços do boi começa a afetar a rentabilidade dos frigoríficos, que terão que reajustar preços e procurar nichos de mercados para garantir o faturamento em 2008.

O impacto do aumento dos custos só não foi maior por enquanto porque o Friboi, por exemplo, reajustou seus preços médios em 8,6% no mercado interno no terceiro trimestre em relação ao mesmo período de 2006, e o Minerva repassou 16,6%.

O Marfrig não detalhou o aumento de preços no balanço trimestral, mas revelou que o custo dos produtos vendidos foi de R$ 656,9 milhões, um aumento de 43,1% se comparado ao terceiro trimestre de 2006.

Mesmo com reajustes, as margens de algumas empresas foram afetadas. No terceiro trimestre, o Friboi registrou um decréscimo de 0,7 ponto porcentual na margem Ebitda, que passou de 13,8% no terceiro trimestre de 2006 para 13,1% no mesmo trimestre de 2007. A margem do Minerva passou de 7,8% para 7% no mesmo período. O Marfrig foi o único a registrar uma pequena alta na margem, passando de 10,1% para 11% na comparação do terceiro trimestre deste ano com o de 2006.

A demanda externa maior e o fato do Brasil ser responsável por 33% de toda a carne exportada no mundo devem ajudar os frigoríficos na tarefa de reajustar preços.

Mas o mercado interno é que tem interessado à indústria nacional. No caso do Friboi, a participação dos embarques nas vendas caiu de 70% para 61% no terceiro trimestre frente ao mesmo trimestre do ano anterior.

O Minerva seguiu o mesmo movimento ao reduzir os volumes exportados de carne bovina e subprodutos em 3,6% para 37,6 mil toneladas, enquanto as vendas para o mercado interno cresceram 39,7% para 48,4 mil toneladas no período.

As informações são de Natália Gómez, da Agência Estado.

0 Comments

  1. Breno Augusto de Oliveira disse:

    São informações como esta que provam a importância do investimento em pecuaristas organizados e profissionais. No meu ponto de vista é mais barato e lucrativo gerir a cadeia produtiva da carne bovina com parcerias entre os elos primário e secundário, objetivando sempre atender consumidores com qualidade total.

    A concorrência que grandes frigoríficos vem proporcionando a diversos pecuaristas pelo Brasil, principalmente na reposição, com grandes projetos de engorda (a principal prática são os faraônicos confinamentos) a longo prazo pode ser insustentável!

    Como dizem os antigos:

    “Pato é um animal que caminha, nada e voa, mas não faz nenhum bem”. Especialização vem sendo o caminho trilhado por todos no mundo de hoje, porém estes projetos bilionários que retiram muita gente da atividade são na maioria das vezes financiados pelo BNDES!

    São uns brincalhões, eta Brasilzão.