Os frigoríficos exportadores não pretendem pagar adicional pelos animais que podem ser identificados no processo de rastreabilidade. De acordo com o assessor do Sindicato das Indústrias de Carnes do Paraná, Gustavo Fanaya, as indústrias entendem que já houve uma valorização da carne bovina desde que o mercado externo se abriu para a carne brasileira e os pecuaristas já estão sendo beneficiados.
Segundo ele, a arroba do boi está custando em torno de R$ 52,00, o que representa uma valorização de 40% em relação ao que custava há três anos e todo o mercado de carne foi valorizado. ”É justo agora, que eles se responsabilizem pelos investimentos em modernização que o mercado exige”, disse.
Fanaya destacou que os dois frigoríficos exportadores do Paraná, o Amambai, de Maringá, e o Margem, de Paranavaí, também estão sendo obrigados a fazer investimentos exigidos pelo mercado internacional. ”Só a instalação de um sistema automatizado de correias para o transporte da carne custa em torno de US$ 300 mil”, destacou. Para o economista, cada setor deve arcar com seus custos para manter um mercado que está altamente atrativo.
O País exporta o equivalente a US$ 1 bilhão em carne bovina por ano e a tendência é ampliar ainda mais as exportações, mas os pecuaristas não devem resistir ao processo de modernização que já está em curso, ressaltou Fanaya.
Fonte: Folha de Londrina/PR (por Vânia Casado), adaptado por Equipe BeefPoint