Depois do Independência, outros frigoríficos começaram a abater para exportar carne à União Européia (UE). A unidade do Bertin em Minas Gerais, começa o abate amanhã (29), com 1,2 mil animais - outros 600 bovinos serão abatidos no sábado seguinte. Também neste sábado o Frisa, do Espírito Santo, reinicia as exportações para o bloco com 500 animais abatidos e número igual no final de semana seguinte, segundo informações não oficiais.
Depois do Independência, outros frigoríficos começaram a abater para exportar carne à União Européia (UE). A unidade do Bertin em Minas Gerais, começa o abate amanhã (29), com 1,2 mil animais – outros 600 bovinos serão abatidos no sábado seguinte. Também neste sábado o Frisa, do Espírito Santo, reinicia as exportações para o bloco com 500 animais abatidos e número igual no final de semana seguinte, segundo informações não oficiais.
A diferença entre o animal não inscrito do incluído na base de dados do sistema do Estabelecimentos Rurais Aprovados pelo Sisbov (Eras) é de aproximadamente R$ 10 por arroba – um prêmio de até 15%. Ontem, o preço médio da arroba no Triângulo Mineiro, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea/USP) era de R$ 71,90 a prazo
O pecuarista Francisco José Zuba Marcondes, de Francisco Sá, no norte mineiro, reclama. “Não está havendo uma disputa pelos animais porque há dificuldade de os frigoríficos terem um dia para reunir o gado de várias fazendas”, disse.
Segundo reportagem de Neila Baldi, da Gazeta Mercantil, em comunicado, o Bertin anunciou a retomada das operações, afirmando que a produção, de cerca de 200 toneladas de carne in natura, será destinada a Itália nas próximas semanas.
O BeefPoint levantou que no norte de Minas o preço pago pelo animal inscrito no ERAS foi de R$ 75,00/@, enquanto o preço de balcão nos frigoríficos da região era R$ 65,00/@. No Triângulo Mineiro, a arroba dos animais de fazendas que não estão habilitadas para exportação é negociada a R$ 70,00, já os animais inscritos no ERAS são vendidos a R$ 82,00.
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Gostei muito deste artigo sobre a diferença de preço do boi originário de Fazendas Eras.
Este site é uma arma muito importante para os pecuaristas. Devemos dar todo o nosso apoio ao mesmo, para o fortalecimento de nossa classe.
Parabens BeefPoint.
Mais uma vez vemos que quem não se adequar as novas tecnologias, organização de seu rebanho com uma rastreabilidade forte implantada esta ficando pra trás, pena que para isto o pecuarista ainda tem um alto custo de produção.Esta é uma tendência mundial e a curto prazo nacional.
A rastreabilidade é um processo caro, além da operacionalização nas fazendas, existe o custo das certificadoras. Se o frigorífico recebe mais pela carne do animal rastreado, o repasse para o início da cadeia tem que ser maior para viabilizar um sistema realmente eficiente. No Brasil o Sistema de rastreabilidade implantado foi importado, baseado no sistema europeu onde as distâncias são pequenas e o número de animais reduzido. A fiscalização das propriedades é uma atividade de custo elevado também. Para as certificadoras fazerem o acompanhamento realmente necessário precisam ser melhor remuneradas. Desta forma, a melhor remuneração do produtor é fudamental para o sucesso do programa. E, os frigoríficos, antes de colocarem a culpa no governo, deveriam realizar contratos com os pecuaristas e acompanhamento da produção para prevenir prejuízos futuros, colocando em prática a organização de cadeias produtivas.
Assim ta ficando melhor, a diferença paga no valor da @/boi classificado para exportar, esta se tornando justa mas não totalmente ainda, mas como ótimos administradores que são os colonizadores do Brasil e do resto do mundo praticamente, os europeus, estão nos colocando nos caminho certo, cobrando à força uma verdadeira rastreabilidade e seriedade de nós, nisso qualificando nossos produtos(carne) perante ao mundo.
Fico assustado quando um representante do produtor rural brasileiro, como Ronaldo Caiado, aos berros e chingações em rede nacional, venha querer levar o produtor rural a se desqualificar, no sentido de não aceitação de exigências de nossos clientes, incentivando o produtor a não investir o nescessário para se obter diferenciais de qualidade, controles totalmente necessarios nos dias de hoje, e não levar de barriga nossos clientes mundo afora.
Com certeza teremos que investir mais, controlar mais, usar da gestão administrativa para ganhar dos nossos concorrentes, como dizem, matar um leão todo dia em nosso mercado(internacional).
È uma pena que isso só acontece em alguns estados, mas só com ágio no preço da arroba é que os frigorificos vão incentivar os pecuaristas a aderirem ao sisbov.
Abraços.
Coitado do pecuarista que acreditar nesta conversa.
Os frigoríficos nunca mais vão nos engabelar. De agora em diante, só com contrato de longo prazo, e olhe lá…
SISBOV? Não brinco mais!
Coitado mesmo.
O Brasil é o maior produtor de carne do mundo e quem come esta carne é o Brasil, sem dinheiro no bolso do pobre não vai ter consumo para a carne cara.
Foi só eu falar, e já vem um executivo de frigorífico confirmar (hoje, no jornal Valor Economico):
…”Na quarta-feira passada, o frigorífico Independência fez o primeiro abate de bois destinado ao bloco em sua unidade de Janaúba, no norte de Minas Gerais, depois que as restrições da UE à carne brasileira começaram.
Segundo o diretor-comercial do Independência, André Skirmunt, (…) o ágio sobre o valor de mercado na região norte de Minas foi de 10%.
(…)
Na avaliação do executivo do Independência, NUM PRIMEIRO MOMENTO continuarão existindo prêmios, ATÉ QUE HAJA UM NÚMERO SUFICIENTE DE FAZENDAS CERTIFICADAS para atender à demanda da UE. Hoje, apenas 96 fazendas, grande parte em Minas Gerais, estão habilitadas para fornecer animais para exportação ao mercado europeu. “
Os grifos são meus.
É isso o que espera os coitados que insistam em fazer novas despesas e se credenciar como ERAS. Fazer despesas e, na hora de vender os bois, muitos meses ou até mesmo anos depois, descobrir que o trabalho não valeu nada.
Sisbov? Não brinco mais!