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Frigoríficos paranaenses querem prorrogar rastreabilidade

Os frigoríficos exportadores de carne do Paraná estão pedindo a prorrogação do prazo para entrada em funcionamento do sistema de rastreabilidade da carne bovina. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) fixou esse prazo em 2 de setembro, mas os frigoríficos alegam que os produtores não estão com tempo hábil para se adequarem. Hoje, de cada 100 animais que os frigoríficos recebem, apenas cinco são rastreados.

O órgão federal estabeleceu que, a partir de setembro, o frigorífico que não comprar somente animal rastreado não poderá exportar. Por isso a indústria quer prorrogar o prazo para 2003, sob risco das exportações de carne bovina desabarem, alertou o presidente do Sindicato da Indústria da Carne, Péricles Salazar. ”Essa situação não é só do Paraná, mas de todo o Brasil”, justificou.

Os produtores ainda não se enquadraram às novas regras porque o Mapa certificou somente em 16 de junho as empresas que vão fazer a rastreabilidade. ”Portanto, deu um prazo muito curto para os produtores se adequarem”, insistiu Salazar. O serviço será pago e os produtores têm que se organizar para contratar as empresas certificadoras.

No Paraná, o Conselho Estadual de Sanidade Agropecuária (Conesa) criou um programa de Cadastramento de Propriedades e Rastreabilidade, que ainda precisa ser aprovado e regulamentado pelo Ministério da Agricultura. Teme-se que não haja tempo para esse programa entrar em vigor até setembro.

Apenas dois frigoríficos estão credenciados à exportação no Estado, o frigorífico Amambaí (ex-Naviraí), de Maringá, e o Frigoríifico Margem, de Paranavaí. Atualmente, o Paraná está exportando cerca de 15 mil toneladas de carne bovina por ano, o que é um volume ainda muito baixo, avaliou Salazar.

Fonte: Folha de Londrina (por Vânia Casado), adaptado por Equipe BeefPoint

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