Na semana passada, após reajustes nos preços da arroba do boi gordo, os frigoríficos conseguiram comprar melhor e alongaram suas escalas. Dessa forma, esta semana começou com os compradores tentando pressionar os preços, mas ao que tudo indica esta pressão não foi absorvida pelos pecuaristas de forma generalizada e os negócios não evoluíram como desejado, assim o mercado segue trabalhando com grande indefinição.
Na semana passada, após reajustes nos preços da arroba do boi gordo, os frigoríficos conseguiram comprar melhor e alongaram suas escalas. Dessa forma, esta semana começou com os compradores tentando pressionar os preços, mas ao que tudo indica esta pressão não foi absorvida pelos pecuaristas de forma generalizada e os negócios não evoluíram como desejado, assim o mercado segue trabalhando com grande indefinição.
O indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista foi cotado a R$ 83,12/@, nesta quarta-feira, com recuo de 0,11%. O indicador a prazo teve desvalorização de 0,09% na semana, sendo cotado a R$ 84,15/@.
Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&F, relação de troca, câmbio
A moeda americana teve queda de 1,22% no período analisado (07/04 a 14/04), terminado a quarta-feira a R$ 1,7438 (PTAX compra). Com esta desvalorização, a arroba do boi gordo em dólares apresentou variação positiva, sendo calculada em US$ 47,67.
Gráfico 1. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista em R$ e em US$
Os frigoríficos começaram a semana pressionando os preços da arroba, mas a oferta e a procura permaneceram equilibradas e as compras seguiram em ritmo lento. Os pecuaristas seguem segurando seus animais à espera de preços mais altos e melhores condições de reposição. Compradores de grandes indústrias paulistas continuam trazendo animais de Estados vizinhos e tentando pagar menos pela arroba.
Segundo o Cepea, os negócios efetivados nos valores maiores dos intervalos nos últimos dias proporcionaram relativo aumento das escalas de abate, no entanto o avanço das escalas não foi generalizado, sendo obtido basicamente por aquelas plantas que reajustaram antes que outras. Mas, como o aumento da oferta motivado pelos valores reajustados foi pequeno, os preços voltaram a se sustentar.
“Já estou realizando abate de fêmeas em Aparecida do Taboado/MS a R$73,00/@, livre de impostos e à vista. Matei essa semana 300 novilhas e vou matar mais 300 na sexta feira nesse mesmo valor. Está na hora de apertar um pouco esses frigoríficos, pois estão sem carne para comercializar”, comentou Gilberto Castilho de Paula Lima.
Humberto de Freitas Tavares, informou que em Goiás o a vaca gorda é negociada a R$ 75,00/@, com prazo de 30 dias para pagamento e livre de impostos. Na região de Caçu/GO, a vaca gorda é cotada a R$ 72,00/@ para pagamentos à vista e R$ 74,00/@ com prazo de 30 dias, comenta Rogério Trevisoli.
O leitor do BeefPoint, Rafael Azambuja, de Campina Verde/MG, comentou através formulário de cotações que no Triângulo Mineiro, os frigoríficos estão comprado boi gordo, com prazo de 30 dias, a R$ 79,00/@.
De Pará de Minas/MG, Denio Altivo de Oliveiro, informou que a arroba do boi gordo está sendo negociada a R$ 75,00, e a vaca gorda vale R$ 71,00/@, ambos com prazo de 30 dias para pagamento.
O leitor do BeefPoint, Alberto Borges Lemos, de Rondonópolis/MT, informou através do formulário de cotações do BeefPoint que o boi gordo rastreado está sendo cotado a R$ 80,00/@ e o boi comum está valendo R$ 77,00/@, ambos com prazo de 30 dias para pagamento.
Como está o mercado na sua região? Utilize o formulário para troca de informações sobre o mercado do boi gordo e reposição informando preços e o que está acontecendo no mercado de sua região.
Manoel Torres Filho, de Tupi Paulista/SP, comentou que em sua região o mercado do boi gordo e de reposição estão firmes. Segundo ele o boi gordo é vendido a R$ 80,00/@, para pagamento à vista e sem desconto de impostos. “A bezerra continua subindo, esta semana tivemos negócios a R$ 560,00 e o bezerro foi negociado a R$ 700,00, também muito boa de raça”, completa Torres Filho.
O indicador Esalq/BM&FBovespa bezerro MS à vista foi cotado a R$ 701,67/cabeça, acumulando alta de 2,17% na semana e acima da média de 2009 que foi de R$ 623,29/cabeça. Em 2010 este indicador já acumulou alta de 15,88%.
Esta valorização somada ao recuo no valor da arroba do boi gordo fez a relação de troca recuar para 1:1,95, um dos piores níveis desde abril de 2002.
Gráfico 2. Indicador Esalq/BM&FBovespa bezerro MS à vista x relação de troca (boi gordo de 16,5@ por bezerros)
A margem bruta na reposição também recuou, sendo calculada em R$ 669,81, com retração de 2,39% na semana. Vale lembrar que este indicador representa a sobra da transação de venda de um boi gordo de 16,5@ e compra de um bezerro de reposição e será utilizada para investimentos, pagamento de contas e salários e lucro.
Apesar da variação mencionada acima e da queda no valor da relação de troca, a margem bruta na reposição está 4,86% melhor do que no mesmo período do mês passado.
Gráfico 3. Margem bruta na reposição
André Fioravanti, leitor do BeefPoint de Dracena/SP, comentou que na semana passada vendeu um lote de bezerros desmamados, com idade média de 9 meses, a R$ 710,00/cabeça.
Rogério Trevisoli, de Caçu/GO, informou, “No dia12/04 comprei um lote de 50 bezerras aneloradas (10 meses), por R$ 480,00 com 20 dias de prazo. Eram bezerras do meio”.
O leitor do BeefPoint, Alfredo Teixeira Louzeiro Filho acredita que a alta do preço de reposição deve permanecer, até que os estoques de fêmeas se estabilizem. “Isso era esperado depois que o bezerro chegou a preços muito baixos, não remunerando o criador, fazendo com que suas matrizes fossem para o abate”.
“O pecuarista hoje faz conta, coisa que não fazia no passado, é normal que o mercado se ajuste a partir deste conceito, seja por abates de matrizes, seja por falta de competitividade do setor ou qualquer outro fator econômico, acredito que essa alta no preço do bezerro se torne uma tendência, está na hora do bolo ser repartido por igual, é muito caro produzir um bezerro e demanda muita eficiência e tecnificação”, comentou Renan Aires de Alencar.
Marcos Francisco Peres, de Marília/SP, tem a seguinte o opinião: “Há 2 anos o valor do bezerro chegou a R$ 800,00 ou mais, pois alguns esperavam que o boi iria a R$ 100,00/@. Nesse momento que o mercado futuro deu uma altinha já ficam com essa falsa esperança outra vez. O fato é que o boi não foi e não vai a R$ 100,00. Nossa arroba já é a mais cara do mundo, inviabilizando altas para a exportação e no mercado interno se a carne bovina subir o consumidor tende a buscar alternativas mais baratas. Portanto, há 2 anos quem pagou o bezerro caro ficou com o mico nas mãos. Agora acontecerá novamente”.
“Uma coisa que aprendi é que o preço da reposição tem muito mais a ver com as expectativas futuras dos agentes econômicos que com o custo de produção presente dos criadores ou invernistas. Infelizmente não tenho acesso a dados suficientes para prever o futuro de curto prazo dos preços de animais de reposição, mas constato que os ajustes de preços dentro da cadeia pecuária tem sido muito bruscos, denotando falta de informação e integração dos agentes”, comentou José Ricardo Skowronek Rezende. Ele completa lembrando que sem informação e acordos comerciais sólidos com clientes e fornecedores fica cada vez mais difícil planejar num horizonte compatível com o clico de produção e acabamos gerando ineficiências/riscos desnecessários na operação consolidada (cria, recria, engorda, abate, distribuição).
Esta alta se tornará uma tendência em 2010 e os preços continuarão altos, ou você acredita que nos próximos meses a situação deve mudar? Clique aqui e nos envie sua opinião.
O mercado futuro assumiu a pressão dos frigoríficos e fechou a semana com forte baixa. O primeiro vencimento, abril/10, fechou a R$ 82,03/@ na quarta-feira, com queda de R$ 1,77 na semana. Maio/10 teve variação negativa de R$ 2,14, fechando a R$ 81,21/@. Os contratos que vencem em outubro/10 tiveram a maior desvalorização no acumulado da semana (-R$ 2,15), fechando a R$ 84,89/@.
Gráfico 4. Indicador Esalq/BM&FBovespa e contratos futuros de boi gordo (valores à vista), em 07/04/10 e 14/04/10
Segundo o Boletim Intercarnes, nesta quarta-feira, os preços da carne bovina seguiram mais estáveis e mais firmes, acenando para uma possível alta principal quando se fala em dianteiros avulsos, cuja demanda se mantem mais ativa. As seguem apenas regulares e não se verificam excedentes, apesar da procura, de modo geral, se apresntar lenta e irregular, ante a dificuldade de repasse de preços para a venda final (varejo).
No atacado paulista, os preços permaneceram estáveis, com o traseiro cotado a R$ 6,50, o dianteiro a R$ 4,50 e a ponta de agulha a R$ 4,10. O equivalente físico foi cotado a R$ 81,12/@ e o spread (diferença) entre indicador de boi gordo e equivalente recuou para R$ 2,00/@.
Tabela 2. Atacado da carne bovina
Gráfico 5. Indciador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x Equivalente físico
Venda direta de carne bovina: as vans do JBS-Friboi
Na semana passada publicamos uma notícia sobre as vendas diretas de carne bovina promovida pela JBS, com o uso de vans. Segundo a notícia, a iniciativa já enfrenta forte resistência de donos de açougues e aqui no BeefPoint recebemos diversos comentários a respeito, alguns contra a nova modalidade de comercialização de carne no varejo e outros parabenizando tal projeto.
“Além de comandarem os preços pagos aos produtores, vão monopolizar de vez a cadeia vendendo direto ao consumidor e ainda pior, na porta de estabelecimentos que eles fornecem carne in natura. É uma pouca vergonha, vão acabar quebrando os pobres açougueiros, que geram emprego na cidade, e pagam seus impostos corretamente. Até onde isso vai?”, comentou Alexandre Rodrigues Gozer.
Para Fabiano Pagliarini Santos, de Cascavel/PR, essa iniciativa pode trazer mais comodidade para o consumidor, mas gera uma concorrência desleal. “Mas será que a partir do momento que o sonho desse grupo de amarrar toda a produção e a venda estiver concretizado, o preço pago ao produtor vai ser melhor e o preço da carne ao consumidor vai ser menor? Acho muito difícil. Como sugestão aos demais indignados, creio que podemos tirar algumas idéias para proteger a cadeia do boi, os produtores podem se reunir em forma de condomínio ou cooperativas para buscar linhas de crédito para construir seus próprios abatedouros; os varejistas podem parar de comprar carne desse grupo, buscando outros fornecedores regionais. Com relação a satisfação mencionado na reportagem, produtores, varejistas e demais empresas devem lembrar que a qualidade da carne não é um atributo do JBS, mas da qualidade dos animais produzidos pelos pecuarista, pela qualidade de abate e pela eficiência no atendimento ao consumidor. Mas lembro a muito varejistas, não podemos também aceitar açougues como os da década 70, onde a carne era pendurada nas suas portas, ninguém entra em um estabelecimento e gosta de ficar com dúvida em relação a qualidade de um produto” completa.
Para Nilson Almeida, as vans vão atiçar a concorrência. “Os açougueiros vão investir mais nos seus estabelecimentos, vão contratar mototaxistas entregadores, vão vender por telefone, vão ativar a caderneta do cliente, vão instalar ar condicionado, contratar música ao vivo e oferecerão muitos brindes para seus cliente. Vai faltar boi gordo no campo no campo! não vai faltar cliente nos estabelecimentos que cuidam dos clientes!”, ressalta Almeida.
“O mercado é soberano. O JBS-Friboi criou a modalidade. Agora é ver o que acontece, se for bem aceito pela população os varejistas dessas localidades têm que se mexer. Mas não indo às prefeituras reclamar, pedir cancelamento de alvará, e sim entendendo que o cliente quer conforto, e a partir daí contratar entregadores”, opinou Daniel Barbosa Strang.
Para Humberto de Freitas Tavares, o JBS-Friboi certamente não quer mascatear carne. “O que ele quer é mostrar aos clientes do varejo das cidades do interior que existe uma alternativa à compra de carne nos açougues que se abastecem no Frigomato. A pressão compradora futura destes clientes vai levar o pequeno açougue a buscar carne de melhor qualidade. O Friboi neste momento vai ser recalled (lembrado)”.
Marfrig investe em marketing e na marca Seara
Em pouco mais de quatro meses no controle efetivo das operações da Seara, a Marfrig Alimentos adotou uma estratégia agressiva para transformar sua mais nova marca em seu principal negócio.
Após anunciar o patrocínio à Seleção Brasileira de Futebol, a Seara Alimentos, do Grupo Marfrig, comunica que também assinou um acordo com a FIFA, em Zurique, na Suíça. Ambos os patrocínios valerão até 31 de dezembro de 2014, ano da Copa do Mundo no Brasil.
Além da exposição da marca SEARA, o patrocínio dá direito à utilização do logotipo da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) em campanhas publicitárias, inclusive em pontos de venda, campanhas de incentivo, brindes e embalagens de produtos em território nacional e no exterior. O acordo entre Seara e CBF abrange as Seleções Brasileiras de Futebol masculinas e femininas, de todas as categorias coordenadas pela CBF.
No patrocínio da Copa do Mundo da FIFA, além da exposição da marca SEARA e de outras marcas do Grupo Marfrig nos eventos da FIFA, incluindo as Copas do Mundo na África do Sul e no Brasil e as Copas das Confederações, o patrocínio dá direito à utilização dos logotipos oficiais dos eventos da FIFA em campanhas publicitárias e embalagens de produtos em geral do Grupo Marfrig em todo o mundo.
Esta é a segunda grande iniciativa da Seara para promover o esporte neste ano. Desde fevereiro a marca é patrocinadora oficial do Santos Futebol Clube.
“O futebol é a grande paixão nacional e a sua prática contribui para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Isso combina perfeitamente com a estratégia de comunicação da Seara, que está mostrando que faz produtos saborosos e de alta qualidade não só para os consumidores brasileiros, mas para todo o mundo.” ressalta Marcos Antonio Molina dos Santos, presidente do Grupo Marfrig.
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o mercado, esta evoluindo, e fica nele quem for capaz , o friboi, e um rolo compressor, vai esmagando tudo q ve pela frente , principalmentes, acougueros, do interior de minas , tipo iturama e o minerva, tambem, esta sofrendo o peso do imperio da carne , chamado friboi.nao aguenta a forca da multinacional, jbs, a prova disso q o friboi esta comprando gado a granel , e pagando a metade do preco, pois classifica , o gado abaixo do peso e manda para conserva.esses dias atras teve q parar o frigorifico de Barretos 15 dias para desovar, 1.500 vacas q estava na camera frigorifica, com valor da @ de 30.00 devido a classificacao.