Os preços do boi gordo continuam em baixa, o indicador Esalq/BM&FBovespa à vista foi cotado a R$ 82,05/@, com recuo de R$ 0,83. O indicador a prazo teve desvalorização de R$ 0,82, sendo cotado a R$ 82,98/@. Em todo o país os compradores pressionam os preços da arroba, mas o mercado segue lento e as programações de abate não evoluem significativamente.
O indicador Esalq/BM&FBovespa continua em baixa, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada – Esalq/USP (Cepea), nesta segunda-feira arroba do boi gordo para pagamento à vista, em São Paulo, foi cotada a R$ 82,05/@, com recuo de R$ 0,83. O indicador a prazo teve desvalorização de R$ 0,82, sendo cotado a R$ 82,98/@.
Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&F, relação de troca, câmbio
O mercado futuro encerrou o pregão de ontem em alta, com variação positiva em todos os vencimentos. Fevereiro/09 teve valorização de R$ 0,44, fechando a R$ 80,62/@, com 845 contratos negociados e 2.217 contratos em aberto. Maio/09, um dos contratos com maior liquidez no momento, fechou a R$ 76,46/@, com alta de R$ 1,07. Os contratos com vencimento em outubro/09 tiveram variação positiva de R$ 0,53, fechando a R$ 81,88/@.
Segundo nota do jornal Valor Econômico, o volume de contratos futuros e de opções agropecuários negociados na BM&FBovespa sofreu forte retração em janeiro. Foram 153.038 contratos de boi gordo, café arábica, milho, soja, etanol, açúcar cristal e milho, 14,6% menos que em dezembro. Na comparação com janeiro do ano passado, a queda foi ainda mais expressiva: 35,2%. Apenas os negócios com café e milho (liquidação financeira) cresceram.
Tabela 2. Fechamento do mercado futuro em 09/02/09
Gráfico 1. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x contratos futuros para maio/09
Guilherme Favieri, da FCStone, comenta que o mercado físico segue com os frigoríficos tentando comprar animais com preços mais próximos de R$80,00 livre em São Paulo. Até então as tentativas são frustradas e o volume de animais comprados nestes patamares é irrelevante, se é que existe algum negócio.
Os frigoríficos paulistas, na sua grande maioria, se abastecem com animais comprados no MS, onde a oferta é maior e as escalas seguem um pouco mais folgadas. Em todo o país os compradores pressionam os preços da arroba, mas o mercado segue lento e as programações de abate não evoluem significativamente.
O atacado segue pouco sustentado e os preços recuam. O traseiro foi cotado a R$ 6,50, o dianteiro a R$ 3,60 e a ponta de agulha a R$ 3,70. Com o recuo de R$ 0,10 nos preços do traseiro e da ponta de agulha, o equivalente físico apresentou desvalorização de 1,20%, sendo calculado a R$ 75,08/@. O spread (diferença) entre indicador e equivalente ficou em R$ 6,98/@, abaixo da média dos últimos 12 meses que é R$ 7,31/@.
Gráfico 2. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x equivalente físico
Na reposição, o indicador Esalq/BM&FBovespa bezerro MS à vista foi cotado a R$ 628,46/cabeça, queda de R$ 0,40. A relação de troca recuou para 1:2,15.
André Camargo, Equipe BeefPoint
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Bom, o mais importante nestes altos e baixos é a conciência que a pecuária não esta isenta desta crise que afeta todo mundo,e a sobrevivência tanto das industrias de carnes quanto dos pecuáristas é importante para todos envolvidos na cadeia produtiva de carne.Importante também lembrar que o pecuárista vem perdendo receita ano após ano,e quem duvidar pergunte ao seu amigo pecuarista quanto tempo ele ja não consegue implementar em sua fazenda um bom projeto de reforma de pastagem,deixando a maioria das fazendas com capacidade ociosa de produção.
Será também que não está na hora das industrias produtoras de insúmos reavaliar seus lucros?.Veja por exemplo,o que aconteceu com adubo e fosfáto.
Nunca esqueçamos onde inicia o ciclo produtivo,se não cuidarmos de quem mais trabalha para manter os animais,não haverá razão para tanta tecnológia,pois ainda não conseguirão inventar animais em linha de montagem.