O indicador Esalq/BM&F boi gordo continua subindo, graças a pouca quantidade de animais ofertados aos frigoríficos. O indicador à vista foi cotado a R$ 75,58/@, alta de R$ 0,10 e o indicador a prazo teve valorização de R$ 0,09, sendo cotado a R$ 76,33/@. Apesar do reajuste na cotação do traseiro, frigoríficos reclamam que os preços da matéria-prima (boi gordo) ainda estão muito altos quando comparados a preço da carne.
O indicador Esalq/BM&F boi gordo continua subindo, graças a pouca quantidade de animais ofertados aos frigoríficos. O indicador à vista foi cotado a R$ 75,58/@, alta de R$ 0,10 e o indicador a prazo teve valorização de R$ 0,09, sendo cotado a R$ 76,33/@. Na BM&F, o primeiro vencimento, março/08, recuou R$ 0,15, fechando a R$ 74,20/@, com 315 contratos negociados e 3.976 contratos em aberto. Abril/08 fechou a R$ 73,20/@, com variação negativa de R$ 0,14. Os contratos para outubro/08, também registraram queda (-R$ 0,03), fechando a R$ 77,53/@, com 583 contratos negociados e 12.987 contratos em aberto.
Segundo o broker de mercado, Rodrigo Brolo, “o mercado futuro segue amplamente comprador. Já com spreads relativamente justos em relação ao Indicador os investidores estavam a espera de novas posições de físico para assumirem mais posições. Com a notícia de que as escalas estão cada vez mais curtas, alguns frigoríficos pequenos pagando R$76,00/@, livre, em SP e com o traseiro subindo para R$ 5,40/kg, o mercado segue na tendência de alta, que poderá ser maior ainda caso investidores vendidos liquidem suas posições.”
Tabela 1. Fechamento do mercado futuro em 03/03/2008
Como é esperado no início de mês, os preços da carne no atacado começam a dar sinais de recuperação. O traseiro teve valorização de R$ 0,10, sendo cotado a R$ 5,40, enquanto o dianteiro e a ponta de agulha permaneceram inalterados, respectivamente, a R$ 3,70 e R$ 3,00. O equivalente físico foi calculado a R$ 66,38/@.
Apesar do reajuste na cotação do traseiro, frigoríficos reclamam que os preços da matéria-prima (boi gordo) ainda estão muito altos quando comparados a preço da carne. Um leitor do BeefPoint, que atua no ramo de venda de carnes comenta que mesmo com o início do mês de março as vendas estão ainda não deslancharam e os preços precisam melhorar. O spread (diferença) entre indicador de boi gordo e equivalente físico recuou para R$ 9,21/@, mas ainda está acima da média dos últimos 12 meses, que é de R$ 6,07/@.
Gráfico 2. Indicador Esalq/BM&F boi gordo à vista x equivalente físico
Como está o mercado de reposição na sua região? Utilize o box de carta do leitor abaixo para nos enviar comentários, preços praticados e informações sobre fatos que possam estar influenciando o mercado.
André Camargo, Equipe BeefPoint
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Preço segue firme com boi gordo a R$ 61,00 e vaca R$ 55,00 ambos para 30 dias e escalas de 3 a 4 dias.
Bezerro, mesmo nas colônias está difícil encontrar por menos de R$ 450,00 a R$ 480,00 de desmama, quando encontra. As bezerras e novilhas sendo procuradas tanto pelos frigorificos quanto pelos criadores, com ofertas de preços cada dia maior.
Parece realmente que é a hora da pecuária, só falta um empurrão dos homens.
Abraço
Na realidade os frigorificos estao colhendo o que plantaram nos ultimos 5 anos. Anos em que o pecuarista trabalhou de empregado para os frigorificos. teve que pagar para trabalhar.Entao o que aconteceu? os pecuaristas foram arrendando pra cana, plantando soja e foram saindo do ramo. E isso nao tem volta pois quem tirou infra estrutura nao volta mais. quem arrendou pra cana é de 5 a 10 anos. E como os donos de frigorifico nao sabem: boi nao nasce em arvore. Agora vao ser longos anos os que virao. MAS QUEM SABE AGORA ELES COMECEM A DAR VALOR AO PECUARISTA….
OS frigorificos foram avisados que poderiam matar as galinhas dos ovos de ouro, não repartiu o pão, muitos pecuaristas venderam todas as matrises e passaram para eucaliptos, cana, soja, enfim qualquer coisa… e agora José?
Com mais de dois milhoes de brasileiros nascendo a cada ano, o fechamento da amazonia para criação de novas pastagens, a não emissão de autorizações para desmatamento no centro-oeste, o avanço da soja, cana e eucaliptos nas pastagens de São Paulo e Minas, e com o aumento das exportações impulsionando o abate de femeas nos ultimos 04 anos, nos trazem a essa nova realidade, bom para quem tem o boi e triste para quem os perdeu nesses ultimos anos de crise. Os frigorificos hoje trabalham com pecuaristas com as contas equilibradas e com o rebanho reduzido, só venderão com o preço imposto pelos frigoríficos para despesas basicas, resumindo “hoje é o dia da caça”.
É a velha e boa lei da oferta e da procura. Nem o PT consegue mais, por ora, maltratar o pecuarista com políticas que só fizeram deprimir a produção. Foi uma política burra, característica do atual governo, que agora está colhendo seus frutos, com inflação crescente no preço dos alimentos, por falta de uma política agrícola decente e justa a uma classe que só trabalha de sol a sol e não carrega dólar na cueca e nem rouba ninguém.
Namir Bertuol, você não podería ter sido mais feliz em seu comentário,pois é exatamente o que você disse,vão ser longos e longos anos com aquelas maravilhosas “plantas” (que no meu tempo o nome era matadouro) vazias.