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Frigoríficos reclamam de aumento no ICMS

Os frigoríficos gaúchos vão encaminhar hoje ao governo estadual pedido de reunião para discussão do reajuste do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), recolhido pelo sistema de substituição tributária. O setor procurará as secretarias da Agricultura e Fazenda para negociar a suspensão ou o adiamento do reajuste promovido no fim do mês passado pelo governo estadual.

Reunidos ontem na Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), associados do Sindicato das Indústrias de Carnes do Estado (Sicadergs) reclamaram que o aumento proposto pelo governo e divulgado na semana passada no Diário Oficial torna inviável o programa Agregar, lançado recentemente.

O presidente do Sicadergs, Mauro Lopes, diz que, com as medidas, o custo adicional do quilo da carcaça para os frigoríficos passaria de R$ 0,15 para R$ 0,18, representando uma alta de 2,8% na carga tributária. “É uma pena, porque o Agregar tinha surgido para cobrir a lacuna aberta com o fim do programa Carne de Qualidade”, observa Lopes.

As empresas querem que cada elo da cadeia produtiva seja responsável pela sua parcela de imposto e não como ocorre agora, em que apenas o setor industrial é responsável pelo ICMS.

O pior, segundo Lopes, é que todas as regiões do Estado estão recebendo em massa carne com origem do Brasil Central, com vantagem significativa de preço (R$ 2,40, enquanto o valor praticado no Estado é de R$ 2,60) e os frigoríficos é que têm que buscar o animal.

Do lado dos produtores há satisfação. Em reunião realizada ontem em Alegrete, os pecuaristas confirmaram a tendência de alta no preço do boi prevista na semana anterior. Os negócios oscilaram em torno de R$ 1,40 o quilo do boi vivo, sinalizando com perspectiva positiva para os próximos dias. No encontro, os produtores decidiram, por unanimidade, manter os valores de R$ 1,45 pelo quilo do boi vivo e de R$ 1,30 pelo da vaca para esta semana.

Custo de produção

O resultado da composição dos custos da atividade pecuária gaúcha, calculada a partir de levantamento enviado pelos sindicatos rurais gaúchos, deverá ser conhecido em reunião do Sindicato Rural de Alegrete na próxima semana. Até lá, acredita o presidente do sindicato e coordenador da Regional Fronteira-Oeste da Federação da Agricultura do Estado (Farsul), Abílio Nogueira, os 130 sindicatos já deverão ter encaminhado à federação as planilhas com o custo de produção e preços da carne bovina no varejo nos municípios.

Fonte: Zero Hora/RS e Correio do Povo/RS, adaptado por Equipe BeefPoint

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