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Frigoríficos tentam segurar preços, mas negócios travam

O indicador Esalq/BM&F boi gordo à vista foi cotado a R$ 64,62/@, queda de R$ 0,12. No mercado físico, os frigoríficos continuam com a ordens de compra reduzidas, mas dificilmente negócios são fechados nesses preços. Depois de bastante negociação os frigoríficos concordam com preços mais altos para efetivar compras e completar escalas que continuam bastante curtas.

O indicador Esalq/BM&F boi gordo à vista foi cotado a R$ 64,62/@, queda de R$ 0,12. Na BM&F, alta nos contratos com vencimento mais próximo. O primeiro vencimento, agosto/07, teve alta de R$ 0,03, fechando a R$ 63,98/@, com 1.238 contratos negociados e 10.114 contratos em aberto. Setembro/07, fechou a R$ 63,17/@ com variação positiva de R$ 0,15. Outubro/07 fechou a R$ 62,68/@ (+R$ 0,03), com 1.483 contratos negociados e 28.571 contratos em aberto.

Segundo o broker de mercado Rodrigo Brolo, “após amanhecer em alta, mais por conta do “barulho de comprados” do que por viés de alta do mercado físico, o mercado futuro fecha o dia estável, com viés de baixa. A pressão de baixa é grande da parte dos frigoríficos e a partir da semana que vem muitos já começam a colocar bois próprios nas escalas, o que deve permitir que a partir de setembro as escalas sejam maiores. Ainda que lentamente o Indicador vem caindo dia após dia, mesmo com escalas ainda curtas”.

Tabela 1. Fechamento do mercado futuro em 21/08/07


Gráfico 1. Indicador Esalq/BM&F boi gordo à vista x contratos futuros para agosto/07


No mercado físico, os frigoríficos continuam com a ordens de compra reduzidas, mas dificilmente negócios são fechados nesses preços. Depois de bastante negociação os frigoríficos concordam com preços mais altos para efetivar compras e completar escalas que continuam bastante curtas.

Em São Paulo, o IEA (Instituto de Economia Agrícola do Estado de São Paulo) informa que os preços ofertados são de R$ 61,00/@, porém estas cotações não estão animando os pecuarista a vender. Segundo informantes do BeefPoint, na região de Bauru já se paga até R$ 64,00/@ em lotes de boi gordo bem acabados.

Segundo Silvio de Melo e Souza, leitor do BeefPoint, “na região de Jales/SP um pequeno frigorífico está pagando R$ 64,00/@, livre, com prazo de 30 dias, que representa R$ 65,50/@, para descontar o imposto com prazo de 30 dias”.

Foram registradas alta de R$ 1,00 na cotação de Ponta Grossa/PR (R$ 63,00/@) e alta de R$ 0,50 na região de Rio Doce/MG (R$ 61,00/@). Em Três Lagoas/MS (R$ 59,00/@) e Pimenta Bueno/RO (R$ 54,00/@) ocorreu recuo de R$ 1,00 nas cotações da arroba do boi gordo.

Tabela 2. Resumo das cotações do mercado físico do boi gordo em 21/08/2007


Acesse a tabela completa com as cotações de todas as praças levantadas na seção cotações.

No atacado da carne bovina, alta de R$ 0,10 nas cotações do traseiro (R$ 4,90) e dianteiro (R$ 2,90), a ponta de agulha permaneceu inalterada em R$ 2,60. com essas alterações o equivalente físico passa a valer R$ 57,32/@. Diminuindo o spread (diferença) que hoje é de R$ 7,31/@.

Gráfico 2. Indicador Esalq/BM&F boi gordo à vista x equivalente físico


Na reposição, alta de R$ 0,59 no indicador Esalq/BM&F bezerro MS à vista, que foi cotado a R$ 454,09/cabeça. A relação de troca caiu para 1:2,35.

André Camargo, Equipe BeefPoint

Como está o mercado de boi gordo e reposição de sua região, em relação a preços, oferta e demanda e número de negócios efetivados?

Por favor utilize o box de “cartas do leitor”, abaixo.

0 Comments

  1. Paulo Moraes Carloni disse:

    Caro André,

    Aqui em MT, mais especificamente na praça de Barra do Garças, o Friboi fechou muitos negócios nas duas semanas anteriores a R$ 61,50, com 30 dias, o que elevou sua escala para 12 dias. Segundo pecuaristas aqui da região, o Marfrig de Paranatinga-MT também está com a mesma escala.

    A pressão que os frigoríficos exerceram no mercado nesta região tem surtido efeito, fazendo com que os mesmos conseguissem captar animais para abastecer seus abates, pelo menos até o momento.

    Vamos ver de agora em diante, com a volta da regularidade do dólar (será?) e mesmo porque o mercado das bolsas voltou a ficar confiável (acho). De qualquer forma, os pecuaristas se mostram bastante indecisos e desconfiados com o mercado e com a postura dos frigoríficos neste que deveria ser um ótimo momento de aumento de preços.

    Paulo