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Furlan discute plano estratégico do couro

Durante a sétima reunião plenária do Fórum de Couro e Calçados, na qual foi lançado o planejamento estratégico da cadeia, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, falou das dificuldades que o setor está enfrentando. “Sei que essa cadeia produtiva precisa de cuidados específicos, pois é a mais afetada pela taxa de câmbio”, reconheceu.

O ministro citou ainda a extração do couro e o transporte como as fases em que as peles são mais danificadas, o que desagrega valor e diminui a qualidade do couro brasileiro.

Furlan sugeriu uma atitude simples, que ajudou muito o setor de suínos no passado: a criação de um prêmio pela qualidade do couro, que estimularia o cuidado com a extração da pele e o transporte. Segundo ele, “estamos desperdiçando material e transferindo competitividade, enquanto uma atitude simples, que não depende de questões mais complicadas como impostos, poderia ajudar muito”.

No decorrer da plenária foram apresentadas as ações do planejamento estratégico desenvolvidas de acordo com cinco políticas prioritárias: desoneração da produção, financiamento da produção, fomento às exportações, capacidade tecnológica, melhoria da qualidade e produtividade e o desenvolvimento regional. No conteúdo do planejamento foram definidos os cenários, os gargalos, as ameaças, oportunidades, visões e missões reunidos em 18 ações gerais para o setor.

Os principais gargalos identificados através do planejamento foram a carência de linhas de financiamento, dificuldades na devolução dos créditos tributários ao exportador e a elevação de tarifas e impostos.

Uma das principais ameaças do setor é o avanço da China, que vende produtos a preços bem inferiores estimulando a importação e enfraquecendo o comércio de produtos brasileiros.

Apesar das dificuldades, o saldo das exportações de couro e artefatos atingiu US$ 751 milhões de janeiro a julho de 2005 enquanto em 2004 foi de US$ 697 milhões durante o mesmo período. Quanto às vendas de calçados, o saldo alcançou a marca de US$ 1,102 bilhão em 2005 (janeiro a julho) e em 2004 (janeiro a julho) o valor foi de US$ 1,038 bilhão.

Em 2004 o setor de couro e artefatos produziu 36 milhões de peles, das quais exportou 26 milhões e ainda gerou 44,7 mil empregos. Já a produção de calçados no mesmo período foi 665 milhões de pares, dos quais 189 milhões foram vendidos para o exterior e 262 mil empregos foram gerados. Com relação aos componentes, foram exportados US$ 613 milhões e 101 mil empregos criados.

O setor produtivo elogiou a atuação do ministério através do Fórum de Competitividade, que é o espaço de diálogo com o governo. Como resposta, os presentes ouviram uma mensagem otimista e desafiadora do ministro Furlan. “O setor produtivo que não encarar os desafios ficará para trás, não é hora de se deixar abater. A política econômica é forte e o ambiente externo continua favorável, apesar das ameaças”.

Fonte: MDIC (por Maruska Freitas), adaptado por Equipe BeefPoint

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