Reconhecimento facial para bovinos? Sim. Está em fase de desenvolvimento no Brasil. A inteligência artificial aplicada ao campo já constrói alternativas para identificação animal.
Assim como há reconhecimento facial para entrarmos em um condomínio, como também identificação em eventos públicos, a inteligência artificial será uma importante aliada do bem-estar animal. Atualmente, a maior parte das fazendas utiliza marcação a fogo para identificação dos animais.
Pesquisas mostram um erro de leitura de 18%, impactando diretamente na gestão da fazenda. Qual negócio prospera com 18% de margem de erro? Além da questão gerencial, adorem-se. Também há pesquisas mostrando que existe um processo inflamatório de até 8 semanas. Sim, por 8 semanas o animal pode sentir dor.
E como resposta, cresce o uso de brincos, botões eletrônicos, como também políticas públicas que incentivam o seu uso. Essa é uma alternativa que, sem dúvida alguma, favorece o bem-estar animal, como também a gestão da fazenda, já que a margem de erro é menor. Como o botão eletrônico é 1% ao ano.
A notícia que nos traz ainda mais ânimo são os testes realizados no Brasil com o uso da inteligência artificial. O animal poderá ser identificado no pasto. Não haverá necessidade de colocar a mão sobre ele ou passá-lo pelo curral. É a zootecnia 5.0 do Brasil, empenhando-se para alternativas por meio da visão computacional.
Atualmente, a startup Maneja aí, spin-off da empresa de consultoria Manejo do Gado, está em fase de captura de imagens dos animais para processá-la e treinar a inteligência artificial. Ferramentas como essa que utilizam a tecnologia de forma positiva, favorecem o bem-estar dos animais e o nosso negócio da pecuária.
As consequências refletem em uma gestão cada vez mais refinada, atenta aos detalhes e o reforço de que no Brasil temos uma produção de proteína animal, referência para todo mundo.
Por Carmen Perez, pecuarista e entusiasta das práticas do bem-estar animal na produção animal.
Fonte: Forbes.