O estado corporal do gado no RS vem melhorando com o rebrote dos campos e o fim das temperaturas elevadas. Nas áreas em que se verifica excesso de lotação a recuperação é mais lenta, porque os animais estão mais magros, e a brotação também é mais vagarosa.
No levantamento periódico do custeio anual dos bovinos de corte, realizado pela EMATER/RSASCAR em São Borja, constatou-se um valor de R$ 127,29 por cabeça/ano, em despesas efetivamente desembolsadas. Os itens mais elevados desse custeio foram: alimentação, ou seja, formação de pastagens anuais e manutenção das perenes (43,6%), produtos veterinários e sal mineral (10%) e reprodução, reposição de touros.(8,3%).
Os preços do gado continuam baixos. Em plena safra, época em que normalmente as cotações declinam a pressão de oferta é maior, pois os produtores estão precisando aliviar ainda mais os campos em vista da falta de pasto provocada pela seca. A comercialização continua difícil. Os frigoríficos estão com as escalas de abates completas para duas semanas ou mais e até mesmo os pequenos, que operam apenas no mercado interno, estão com escalas que, por vezes, se aproximam as dos grandes.
A falta de animais rastreados, no entanto, está fazendo com que os frigoríficos exportadores paguem R$ 3,50/kg de carcaça desse tipo de animal, enquanto o preço da comum fica em torno de R$ 3,20/kg. Em conseqüência, o preço dos animais de reposição também está baixo. Mas essa situação deve mudar durante a entressafra, pois a escassez de boi gordo agravada pela crise forrageira provocada pela seca deve alavancar os preços do gado naquele período.
Fonte: Assessoria de imprensa da EMATER, adaptado por Equipe BeefPoint