Embora a importação feita por Manoel Lemgruber tenha sido pioneira, segundo o historiador Hugo Prata houve outras importações de gado nelore tão ou mais importantes para sedimentar e garantir a expansão da raça no Brasil. "Além de 1878, em 1880 Manoel Lemgruber trouxe o touro Nero e diversas fêmeas. Em 1883, veio o touro Castor e várias fêmeas. Castor foi o animal que mais deixou descendentes na história do nelore no Brasil", diz Prata.
Embora a importação feita por Manoel Lemgruber tenha sido pioneira, segundo o historiador Hugo Prata houve outras importações de gado nelore tão ou mais importantes para sedimentar e garantir a expansão da raça no Brasil. “Além de 1878, em 1880 Manoel Lemgruber trouxe o touro Nero e diversas fêmeas. Em 1883, veio o touro Castor e várias fêmeas. Castor foi o animal que mais deixou descendentes na história do nelore no Brasil”, diz Prata.
Já 1893 é marcante não pelos animais nelores que chegaram ao País, mas pelo fato de ter havido a primeira importação de zebuínos diretamente da Índia – até então vinham via Alemanha -, pelas mãos do criador Teófilo de Godoy, de Araguari (MG). “Ele trouxe 15 zebuínos sem raça definida.” A partir de 1900 se intensificaram as incursões à Índia e as importações de zebuínos.
“Até que, conta Hugo Prata, em 1930, um criador de Uberaba, Armel Miranda, acompanhado de um agrônomo, Ravísio Lemos, foi à Índia e constatou que ali havia, sim, zebuínos de raça pura.” Eles enviaram Lemos e o criador Manoel de Oliveira Prata para importar animais de raça. “Entre os nelores, vieram os touros Sheik, Rajá, Marajá e Bacurau, além das raças guzerá e gir”, diz Prata.
“Esses touros foram a base da pecuária seletiva do País: Sheik, Rajá e Marajá foram para o criatório de Pedro Nunes, em Porto Novo do Cunha (RJ), e Bacurau foi para Vicente Rodrigues da Cunha, em Uberaba”, conta Prata. “Todos foram reprodutores de referência.”
Entre as décadas de 50 e 60 houve importações importantes, como os touros Karvadi, Golias, Gunthur e outros, trazidos por Torres Homem Rodrigues da Cunha e seu tratador, Dico. “Na década de 60, Rubico Carvalho trouxe Kurupaity, e Nenê Costa trouxe Taj Mahal.” Agora, conforme Prata, as importações estão proibidas, por causa do risco de peste bovina, doença que existe na Índia, mas não no Brasil.
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Fonte: O Estado de São Paulo / Agrícola / Seção Nelore