O Paraná tem se beneficiado com a questão dos transgênicos no Rio Grande do Sul para elevar a receita de seu agronegócio. Segundo o presidente da Cooperativa Agropecuária Cascavel (Coopavel), de Cascavel, Dilvo Grolli, integradoras gaúchas que vendem carne para o mercado externo têm aumentado as compras de farelo de soja convencional paranaense para a formulação de ração animal.
Ele, que se diz defensor da biotecnologia, entendeu que é preciso estar de olho no mercado para atender o desejo dos consumidores. ”O produtor não pode pensar apenas nele, porque faz parte da cadeia de agronegócios e porque a transformação da proteína vegetal (soja) em carne agrega valor à produção primária. Por isso precisamos olhar com atenção a Europa e a Ásia, compradores de nossos produtos, que não aceitam os transgênicos”, alertou.
A demanda pela carne brasileira tem aumentado segundo Grolli. A expectativa é movimentar US$ 3,65 bilhões neste ano, como resultado das exportações de dois milhões de toneladas de frango, com acréscimo de 36,79% do volume do ano passado, 1,2 milhão de toneladas de carne bovina, com aumento de 35,6%, e 450 mil toneladas de carne suína, com acréscimo de 21% em comparação com 2002.
Fonte: Folha de Londrina/PR, adaptado por Equipe BeefPoint