Depois de exatamente um ano, completado ontem, fora do mercado chileno, o Rio Grande do Sul poderá voltar a exportar carnes bovina e suína para este país. O aval pode ser dado até a segunda quinzena de junho, após a visita de uma missão chilena ao Estado.
Neste domingo, técnicos do governo chileno chegam ao Estado onde vistoriam as condições dos serviços sanitários. Até o dia 22 eles visitarão postos de fiscalização e frigoríficos no Rio Grande do Sul e também em Santa Catarina.
A diretora do departamento de defesa animal do Ministério da Agricultura, Denise Euclydes Mariano da Costa, acredita que, com a visita, sejam retomadas as exportações de carne bovina do Rio Grande do Sul e as de suínos dos dois estados.
O Rio Grande do Sul deixou de exportar para o Chile em 2001, quando foram registrados focos de febre aftosa no Estado. O país respondia por 40% das vendas de carne in natura do Rio Grande do Sul. “Acreditamos retomar as exportações ainda este semestre”, diz o diretor-executivo do Sindicato das Indústrias de Carnes do Rio Grande do Sul (Sicadergs), Zilmar Moussalle.
Levantamento do Sicadergs aponta que o Estado deixou de exportar, no ano passado, entre 50 mil e 60 mil toneladas de carne, que resultariam em divisas da ordem de US$ 100 milhões. Segundo Moussalle, mesmo com os focos de aftosa, o setor industrial mandou para o Exterior 40 mil toneladas do produto, graças à abertura de novos mercados.
O Estado perdeu mercados importantes, como a Europa, Egito e Chile, além de ter deixado de entrar nos Estados Unidos, o que era uma questão de tempo caso não houvesse os focos. O continente europeu foi aberto para as exportações no final de 2001, mas pouco representou em termos de negócios. Segundo Moussalle, quando os frigoríficos tentaram vender para os europeus, esses já tinham fechado contratos para as compras de final de ano.
Fonte: Gazeta Mercantil (por Neila Baldi) e Zero Hora/ RS, adaptado por Equipe BeefPoint