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Gaúchos querem formar fundo com taxa de wet blue

A Câmara Setorial da Carne Bovina do RS encaminhará reivindicação ao governo do estado para que busque, junto à União, a transferência de recursos obtidos com a taxa de exportação de couro wet blue para investir em um fundo de apoio a atividades essenciais à pecuária como sanidade e rastreabilidade. O pleito foi decidido em reunião da cadeia produtiva, ontem.

Outros temas avaliados pelo setor foram o rastreamento de bovinos para países da chamada lista geral e o combate ao capim annoni, praga que já se alastra em 10% da área de pastagem natural do Rio Grande do Sul.

O presidente da Associação das Indústrias de Curtumes do RS (Aicsul), Cezar Luiz Müller, disse que a atitude do governo brasileiro com a redução foi ingênua. “Países como a Itália sobretaxam em até 20% sua matéria-prima enquanto que a Argentina não exporta couro para cá”, defendeu. Ele sugeriu ainda que o atual percentual incida sobre a pauta de exportação norte-americana, o que melhoraria o índice da taxação nacional.

A agrônoma da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro), Zélia de Souza Castilhos apresentou algumas formas de enfrentamento do capim annoni, praga que já tomou um milhão de hectares de pastagens nativas do território gaúcho. A câmara setorial decidiu que enviará ao governo estadual pedido para criação de linhas de crédito e de campanha publicitária apontando os danos causados pelo annoni e procedimentos para combatê-lo.

O presidente da Comissão de Pecuária de Corte da Federação da Agricultura (Farsul), Fernando Adauto Loureiro de Souza, chegou a sugerir que fossem interditados locais de remate de gado em que se constatasse a presença dessa gramínea. Segundo técnicos, os espaços de leilão de animais e as rodovias são os principais canais para disseminação das sementes do capim originário da África do Sul. “O annoni pode permanecer até nove anos no solo”, alertou a pesquisadora da Fepagro.

Fonte: Diário Popular/RS, adaptado por Equipe BeefPoint

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