Síntese Agropecuária BM&F – 13/02/03
13 de fevereiro de 2003
Rebanho rastreado soma apenas 0,7% do total
17 de fevereiro de 2003

Genética Nelore com toque gaúcho

Uma das mais tradicionais cabanhas gaúchas de genética Limousin pretende se tornar referência também na criação de nelore. A região escolhida é o sul de Mato Grosso do Sul. Com quatro fazendas próximas a Itaquiraí (MS), a Agropecuária Maragogipe aderiu há três anos a um programa de melhoramento para a raça nelore.

Recentemente, passou a integrar a Conexão Delta G, e agora colhe os resultados do investimento em seleção. Os melhores animais são selecionados, aumentando a precocidade e tornando as características mais próximas do ideal. Hoje, são 5 mil matrizes nelore. Os machos abatidos têm 15 quilos a mais em relação ao período anterior ao programa.

Desde o início das atividades, há quase 30 anos, a Maragogipe criava nelore, direcionado ao cruzamento industrial. Na época, foi iniciado um processo de inseminação artificial de sangue nelore em 250 vacas nelore PO. O diretor do criatório, Wilson Brochmann, conta que o objetivo era produzir reprodutores para a empresa e, quando possível, colocar o excedente no mercado. Mas a paixão pelos programas de seleção falou mais alto. A busca pela qualidade e o investimento no cruzamento industrial também aumentavam a necessidade de matrizes nelore mais precoces e exemplares com melhor acabamento.

Há três anos, a empresa Gensys foi contratada para implantar um programa de melhoramento interno. No início, 3 mil vacas nelore passaram pelo monitoramento. Hoje, todo o rebanho das quatro fazendas faz parte do programa. A primeira geração de reprodutores, com Certificado Especial de Identificação e Produção (CEIP) – do Ministério da Agricultura – entrou em trabalho na primavera, aos dois anos. As novilhas, entouradas aos 16 meses, estão prenhes.

Em maio de 2002, a Maragogipe foi convidada a participar da Conexão Delta G Nelore, um dos maiores programas do país. – Nosso objetivo é o melhoramento das matrizes. A segunda meta é o uso dos reprodutores, além de gerarmos um meio-sangue limousin melhorado – diz Brochmann.

Fonte: Zero Hora, adaptado por Equipe BeefPoint

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