Qual o papel das florestas nas propriedades agrícolas? Gerd Sparovek, professor do Departamento de Solos e Fertilizantes da ESALQ, responde à indagação durantre o FEED 2011: Fórum Internacional de Estudos estratégicos para o Desenvolvimento Agropecuário e Respeito ao Clima, promovido pela CNA, nesta segunda-feira, 05 de Setembro. O formato da palestra foi interessante, Gerd respondeu às suas próprias dúvidas (e de todos nós) relacionadas ao conflito entre vegetação nativa e agropecuária.
Qual o papel das florestas nas propriedades agrícolas? Gerd Sparovek, professor do Departamento de Solos e Fertilizantes da ESALQ, responde à indagação durantre o FEED 2011: Fórum Internacional de Estudos estratégicos para o Desenvolvimento Agropecuário e Respeito ao Clima, promovido pela CNA, nesta segunda-feira, 05 de Setembro. O formato da palestra foi interessante, Gerd respondeu às suas próprias dúvidas (e de todos nós) relacionadas ao conflito entre vegetação nativa e agropecuária.
Por que ter florestas?
Primeiramente e basicamente para a manutenção da biodiversidade. Manter a boa qualidade do ar, da água e do solo, sendo esse último considerado como um reator biológico. Além da função básica as florestas devem ser preservadas como reserva para tecnologias futuras, sem dúvida ainda há espaço para pesquisas e desenvolvimento de inovações rentáveis. A exploração como alternativa econômica é outra razão de se ter vegetação nativa nas propriedades, exploração sustentável é claro, e interessante ao proprietário. A imagem das florestas também é importante para divulgação do agronegócio brasileiro de forma positiva, enfatizando a maior produtividade sem o aumento da área utilizada.
Por que tê-las nas propriedades agrícolas?
Dependendo de como for implementado o novo Código Florestal, grande parte da vegetação nativa nacional ficará sem proteção legal, deixando as propriedades particulares com a função de estoque. Caso as alterações forem feitas como estão propostas, o estoque público de vegetação nativa ficará composto principalmente por APPs, unidades de conservação e território indígena deixando grande parte de vegetação nativa fora da proteção governamental, ficando sob responsabilidade privada.
Como tê-las?
Primeiro, cumprindo a lei. Qual lei? A lei do novo Código Florestal. Remunerando a preservação? Sim, já existem projetos de remuneração por créditos de carbono. Diminuindo a área da produção? Não necessariamente, existem 200milhões de hectares de pastagens no Brasil, sendo que 60 milhões destes têm aptidão agrícola. A solução é a intensificação da pecuária. Em um estudo do professor, concluiu-se que a área cultivada poderia ser reduzida em 13% se 40% dos produtores menos produtivos elevassem sua produtividade a níveis médios de produção.
Gerd salienta que devemos agir onde podemos, na “agenda comum da sociedade”. Ou seja, na remuneração por créditos de carbono, no aumento da produtividade agropecuária e na regulamentação fundiária.
Fonte: Equipe BeefPoint.
0 Comments
OK