Nesta entrevista concedida à Miguel da Rocha Cavalcanti, durante a Feicorte 2010, Gérson Simão, Relações Internacionais da ABCZ, que está a frente do Brazilian Cattle Genetics, fala sobre o projeto, as exportações brasileiras de genética e dá sugestão para criadores que desejam exportar genética.
Nesta entrevista concedida à Miguel da Rocha Cavalcanti, durante a Feicorte 2010, Gerson Simão, Relações Internacionais da ABCZ, que está a frente do Brazilian Cattle Genetics, fala sobre o projeto, as exportações brasileiras de genética e dá sugestão para criadores que desejam exportar genética.
“Em setembro estamos completando 7 anos de trabalho [programa Brazilian Cattle Genetics], já fizemos 75 eventos em 16 países”.
“Nesse momento estamos passando por um processo de consultoria e planejamento estratégico. Estamos definindo nossa agenda para os próximos dois anos. Depois de tantas feiras, hoje já sabemos quais são os mercados em que devemos atuar.”
“Temos diversificado um pouco desde o começo do projeto, hoje temos mais produtos e queremos levar o pacote tecnológico brasileiro de produção de carne e leite com o zebu.”
“Sabemos que a produção de proteína animal vai estar nos trópicos, e esses países hoje vem buscar o pacote tecnológico para essa produção no Brasil.”
“Cada país tem uma realidade [e demanda um tipo de produto], depende muito do status sanitário do país e do que é permitido exportar para ele”.
“Trabalhamos por segmento, porque nem todos os mercados são bons para todos os produtos, depende do nível tecnológico em que o país está.”
“Atualmente, não utilizamos somente feiras como ferramenta de mercado. Em alguns casos, um país precisa muito mais que se tragam os chefes de sanidade para conhecer o status sanitário do Brasil e o nível tecnológico das empresas.”
“Hoje definimos alguns países como prioritários, neles vamos participar com feiras diretamente. E agora estamos definindo quais serão as ações paralelas às feiras”
“Os aspectos diplomático e sanitário têm que ser trabalhados paralelamente para que a comercialização possa acontecer.”
“Em 2003, primeiro ano do projeto, contabilizamos US$ 5 mi em produtos, esse número foi crescendo passou para US$ 100 mi no ano passado, e em 2010, nós devemos exportar US$ 300 mi.”
“A erradicação da aftosa e a divulgação desse êxito no exterior tem permitido gradativamente o acesso a mais mercados. Insistimos que quanto mais áreas livres de aftosa sem vacinação mais mercados serão abertos não só para carne, mas também para um imenso mercado que é a venda de novilhas e touros para reprodução.”
“Assim como no Brasil, vemos em outros países, que grande parte da produção é de pequenos e médios produtores, por isso é uma estratégia nossa (da ABCZ) ações que permitam que pequenos e médios tenham acesso a genética de qualidade.”
“Eu acho que o que precisamos são animais de qualidade, aptos a produzir leite e carne, para serem exportados para esses países (América Latina e África Sub-Saariana).”
“Recomendo que se trabalhe sempre encima de informações, o que vende genética no mercado internacional são informações econômicas.”
O desenvolvimento deste projeto só foi possível graças ao apoio da Allflex, In Vitro Brasil e Pioneer Sementes, que confiaram no trabalho da Equipe BeefPoint e viabilizaram a produção das entrevistas gravadas na Feicorte 2010.