Fechamento – 12:00 – 25/10/01
25 de outubro de 2001
Encontro de frigoríficos na Bahia começa hoje.
29 de outubro de 2001

Gestão Econômico-financeira

A Gestão Econômico-financeira das propriedades rurais se inicia com uma boa arquitetura do plano de contas, fundamental para a visualização dos desembolsos e gastos “não caixa” da atividade produtiva.

Em propriedades iniciantes no controle econômico-financeiro, subdividimos o plano de contas em:

– Receitas;
– Despesas e
– Investimentos.

Com o passar do tempo e o engajamento no controle, o produtor inicia a Gestão Econômico-financeira da sua Empresa Rural. Nesta etapa, o plano de contas é reformulado, as contas de receitas são subdivididas em:

Receitas Operacionais (exclusivas da atividade produtiva) e

Receitas Não Operacionais (anexas à atividade produtiva, tais como aluguéis/arrendamentos para terceiros; juros de empréstimos a terceiros; juros de aplicações financeiras, etc.)

As despesas são subdivididas em:

Custos Fixos (independem da quantidade produtiva para que ocorram, tais como: mão de obra permanente; manutenção e reparos; depreciação; taxas e impostos sobre a propriedade, etc.)

Custos Variáveis (variam de acordo com a quantidade produzida, tais como corretivos e fertilizantes; combustíveis e lubrificantes; suplementação alimentar animal; vacinas e medicamentos, etc.)

Despesas (não são custos e sim despesas, tais como administrativas; financeiras; de comercialização; retiradas do proprietário, etc.)

Os investimentos deixam de ser computados como despesas e passam a ser analisados como ativos. (São as aquisições de terras, máquinas, equipamentos, construções de casas, currais, açudes, represas, cercas, formação de pastagens, capineiras, etc.)

A Gestão Econômico-financeira exige técnicas de análise e planejamento, usando os dados gerados pelo registro dos fatos ocorridos no dia a dia da empresa.

A base racional para a tomada de decisões implica vários pré-requisitos:
– Estabelecimento de objetivos – o objetivo de lucro máximo puro e simples deverá ser substituído pela maximização de riqueza que é, em síntese, a maximização das vantagens atuais para permitir lucros permanentes no longo prazo. Embora menores, os lucros constantes são mais úteis para a empresa e para sociedade como um todo;

– Estabelecimento de base correta e sistemática de aplicação de recursos financeiros pelos diversos setores da empresa rural, considerando tanto os recursos fixos quanto os variáveis empregados no processo produtivo;

– Estabelecimento de uma combinação ótima de financiamento para estas aplicações, considerando o custo das diversas fontes disponíveis.

Quando um produtor se torna um empresário rural, ele se vê como um investidor a procura de uma boa alternativa com retorno. Suas decisões passam a ser tomadas com base nos dados e informações gerados pela gestão econômico-financeira e através do conhecimento e saber, promovem o sucesso de sua empresa rural.

Bibliografia consultada:

Guimarães, José Mario Patto
Planejamento e Gestão Financeira / UFLA / FAEPE, 1.999)
64 p. il. – Curso de Pós Graduação – Administração Rural

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