Atacado – 17/12/10
17 de dezembro de 2010
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21 de dezembro de 2010

GO: produtor pode decidir se sua carne será exportada ou não

Os pecuaristas goianos cadastrados no Serviço Brasileiro de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos (Sisbov) ganharam o direito de optar se a carne proveniente dos seus animais serão ou não exportadas. Por meio de uma solicitação feita pela Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás - FAEG, a Agrodefesa emitiu a Deliberação nº 888-2010, que orienta o produtor a informar na Guia de Trânsito de Animais (GTA) o interesse em não exportar a carne de seu animal abatido pelo frigorífico.

Os pecuaristas goianos cadastrados no Serviço Brasileiro de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos (Sisbov) ganharam o direito de optar se a carne proveniente dos seus animais serão ou não exportadas. Por meio de uma solicitação feita pela Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás – FAEG, a Agrodefesa emitiu a Deliberação nº 888-2010, que orienta o produtor a informar na Guia de Trânsito de Animais (GTA) o interesse em não exportar a carne de seu animal abatido pelo frigorífico.

A solicitação pela mudança foi feita pelos produtores que não receberam bonificação na venda de animais rastreados. Isto porque o Sisbov é um sistema que necessita de mão de obra capacitada e exige muito rigor no controle e de rotinas no manejo com os animais. Além disso, os produtores reclamam que, mesmo não recebendo a bonificação, os frigoríficos exportam a carne do animal com um valor mais alto.

Portanto, com a Deliberação nº 888, o produtor, cuja propriedade pertence à lista Traces, que não interessar que a carne proveniente do abate de seus animais seja exportada, por questões comerciais, deve solicitar ao escritório local da Agrodefesa Unidade Operacional Local (UOL) emitente da GTA, para constar as observações necessárias (campo 17), fazer uma declaração e anexar cópia à esta guia, para ser entregue ao frigorífico. O funcionário da UOL deve emitir a observação no sistema eletrônico.

As informações são da FAEG/SENAR, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    Goiás segue caminho aberto pelo MS.

  2. Fernando Carreon S. Fernandes disse:

    O caminho é este, se o produtor não ganha bonificação, ninguem deve ganhar.

  3. renato morbin disse:

    Acho que o caminho não é esse. Se o produtor não esta contente com o preço e não esta recebendo nenhum bonus é só procurar outro frigorífico comprador. O mercado por si se ajusta e quando o determinado frigorífico tiver falta de bois para a exportação, ele vai ajustar os preços com certeza. É só confiar na velha lei da oferta e procura.

  4. Rafael Roman Henares disse:

    Tem frigoríficos que estão pagando a diferença, é só pesquisar ainda melhor para antes vender.

  5. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    Prezado Renato Morbim,

    O problema é que, com a concentração recente do setor frigorífico, em algumas regiões do país não há concorrência pelo boi rastreado, que só interessa a plantas habilitadas pela UE. E sem concorrência não há como o ajuste da velha lei da oferta e procura ocorrer.

    Para evitar prejuízos desnecessários basta o frigorífico deixar claro se quer ou não o boi rastreado. Se não quer não paga diferencial e não leva. Note que o produtor neste caso ficou no prejuízo, pois investiu e não teve retorno. Mas este é um risco que não tem como ser evitado. É parte do jogo.

    O que não é razóavel é o frigorífico exigir algo que é voluntário e demanda um custo adicional de produção para o produtor e não pagar por isto.

    Att,

  6. ademar garcia disse:

    Excelente parecer José Ricardo. Desta forma produtores garantem destino do seus produtos. No MS consiguimos esta instrução de serviço que vem contribuindo, pois tem Frigorifico procurando ate a Agencia do IAGRO pra tentar modificar instrução, porem sem exito. Desta forma vamos atingir objetivo de agregar valor em produtos certificados.
    At.

  7. JOSE FRANCISCO SOARES ROCHA disse:

    Prezados amigos,

    o caminho é este,quem quiser carne rastreado tem pagar o custo adicional.Se todos pecuarista agirem de forma unida,a remuneração aparecerá.Devemos investir e estar preparados para uma mudança de mercado nas exportações,por certo virá,mas devemos ser remunerados pelo nosso trabalho e custos,mesmo que neste momento as diferenças sejam pequenas da carne certificada ou não.

  8. George Danielides disse:

    O que precisamos fazer para que MT que possui o maior rebanho do Brasil acorde e faça como MS e GO? Já postei anteriormente, quando da primeira noticia que o Iagro em MS tinha aberto caminho à decisão do produtor em exportar ou não seus animais através de uma observação na GTA, a importância da Famato e ou Acrimat, orgãos representativos da classe no nosso estado, que encampassem essa idéia e defendessem os produtores que aderiram ao Sisbov. Isso descomplicaria muito os abates provenientes dos ERAS no nosso estado, pois muitos produtores estão optando por abater seus animais com o Modelo B, amparados pelo Ofício Circular do Mapa N.º 13. No meu entender isso é um contra senso, mas para tentarem se proteger dos frigoríficos que não estão pagando nenhum diferencial pelo Boi Europa isso é fato! Sinto que aqui, diferentemente de Mato Grosso do Sul e Goiás, o que falta é vontade para tal.
    Att,

  9. Dr. Vinicius Paro disse:

    Parabens! Grande idéia, tornaremos a valorizar os animais que estão aptos a exportação, podendo assim disponibilizar valor agregado em nosso produto.
    Parece que a quebradeira dos frigorificos acordou a classe de pecuaristas na hora certa.

  10. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    Prezado George,

    Sei que a Famato e a Acrimat já entraram em contato com o INDEA solicitando a implantação de solução similar para o MT e o que precisamos agora é apoiar estas iniciativas e nossas lideranças.

    Att,

  11. Fábio Henrique Ferreira disse:

    Prezado Senhor George danielides

    sendo o senhor um pessoa que tem interesse que o ocorrido em ms e go seja implantado em mt lhe pergunto.
    o que o senhor ja fez, tomou de atitude para que seja implantado ai em mt. isto e muito bom mesmo para todos produtores.

  12. Silmar Serafim disse:

    Bom dia.
    Esta em cima da hora, mas pediria que se pudesse alguem lá da região participasse desta reunião para expressar sua posição e depois nos falar perante o que for discutido lá:
    FEDERA(AO DA AGRICULTURA E PECUARIA DE GOIAS

    CIRCULAR No 0008/11 Goiania, 21 de janeiro de 2011.

    ASSUNTO: Convite reuniao com Produtores pertencentes a lista TRACES.

    Senhores(as) Produtores(as),

    A FAEG, atraves da sua Comissao de Pecuaria de Corte, convida Vossa Senhoria para participar de reuniao a ser realizada em parceria com a
    SGPA, no dia 04 de fevereiro/2011 das 17h as 18h, na sede da FAEG.

    Na oportunidade faremos esclarecimentos sobre a Deliberacao da Agrodefesa n° 888/2010, de interesse do produtor rural com propriedade
    pertencente a lista TRACES.

    Tambem estarao presentes, tecnicos da AGRODEFESA, do MAPA e das Certificadoras.

    Contamos com a sua presenca!

    Atenciosamente,

    Mario Schreiner
    Presidente

    Ao (A) Senhor(a)

    Produtor(a) Rural com propriedades pertencentes a lista TRACES.

    http://www.faeg.com.br faeg@faeg.com.br

    Tel: (62) 3096-2200 I Fax: (62) 3096-2222 – Rua 87, n 662 St. Sul – Goiania-GO – Cep 74093-300

  13. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    Para aqueles que ainda não conhecem a IN 01 / 2011 do INDEA segue abaixo:

    Instrução Normativa INDEA Nº 1 DE 01/03/2011 (Estadual – Mato Grosso)

    Data D.O.: 01/03/2011

    Dispõe sobre os procedimentos para emissão da Guia de Trânsito Animal – GTA com a finalidade abate de bovinos cujos proprietários não queiram que a carne obtida dos animais envolvidos seja exportada.

    Considerando o disposto no ofício nº 036/11-SSA/SFA/MT de 01 de fevereiro de 2011;

    Considerando a necessidade de padronizar os procedimentos referentes à emissão de GTA para as propriedades da lista TRACES, em que os proprietários não queiram que a carne obtida do abate dos animais envolvidos no referido trânsito seja destinada a exportação,

    Resolve:

    Art. 1º. O proprietário de propriedade apta a exportação, ou seu representante legal, que não se interesse em exportar a carne proveniente do abate de seus animais, poderá solicitar a Unidade Local de Execução (ULE) emitente da GTA para não inserir no campo 17 da mesma (campo observação) informação referente ao ingresso de animais provenientes de área não habilitada.

    Art. 2º. Para que a ULE possa atender a solicitação de que trata o art. 1º, o proprietário ou seu representante legal deverá fazer uma declaração conforme modelo constante no anexo – I.

    Art. 3º. Uma cópia da declaração deverá ser anexada à GTA destinada ao frigorífico e outra deverá ser arquivada na ULE emitente.

    Art. 4º. Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação, revogando todas as disposições em contrário.

    Publique-se, Registra-se, Cumpra-se

    MED. VET. VALNEY SOUZA CORRÊA

    PRESIDENTE DO INDEA/MT

    ANEXO I

    Eu, __________________________________________________, Portador do CPF/CNPJ nº ___________________________________, responsável pela propriedade rural de nome __________________________________, de inscrição estadual nº ________________________, declaro para os devidos fins que não tenho interesse de que a carne produto do abate dos animais constantes na(s) GTA(s) nº ____________________________ seja exportada a União Européia.

    Declaro ainda que o Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso – INDEA/MT está devidamente autorizado por este documento, a não inserir no campo observação da(s) referida(s) GTA(s) as informações referentes ao ingresso de animais de área não habilitada para exportação em minha propriedade.

    Local, ________________________, ____/____/____.

    _______________________________________

    Assinatura do responsável.