O estudo epidemiológico da tuberculose bovina concluído em Goiás neste mês de agosto, testou 18.659 novilhas e vacas, em 900 propriedades rurais. Deste total, 71 animais resultados deram positivos, em 29 propriedades.
Os testes foram feitos pela Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) de junho de 2013 a dezembro de 2014, em todas as regiões do Estado. As propriedades foram escolhidas por meio de sorteio realizado pela Agrodefesa e auditado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Segundo o fiscal da Agrodefesa e coordenador do estudo, Willian Vilela, os índices de 3% de propriedades e 0,34% de animais positivos, estão entre os menores do País. “Isso permitirá ao nosso Estado uma nova classificação do status sanitário para a tuberculose. O que possibilitará a abertura de novos mercados importadores, além da manutenção daqueles já existentes”.
Para ele, a receptividade do produtor rural e o interesse em participar do estudo demonstram a maturidade e compromisso do pecuarista goiano. Todos os produtores incluídos no estudo receberam um certificado de participação.
As ações foram desenvolvidas por 60 técnicos da Agrodefesa, distribuídos em 18 equipes. Willian conta que o trabalho teve a colaboração do Mapa, da Universidade Federal de Goiás (UFG), Universidade de Brasília (UnB) e Universidade de São Paulo (USP).
Outra instituição parceira do projeto foi o Fundo para o Desenvolvimento da Agropecuária em Goiás (Fundepec) que custeou os insumos necessários e indenizou os produtores rurais em cujas propriedades foram diagnosticados e sacrificados animais com tuberculose.
Este estudo epidemiológico é uma exigência do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para a inserção de Goiás no novo sistema de classificação das unidades da federação, de acordo com o risco sanitário da doença.
Já está na fase final uma nova normativa que atualiza e readequa o Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal. Dentre as modificações destacam-se a diminuição da quantidade de exames para certificação e saneamento da propriedade, como também a classificação das unidades da federação de acordo com o risco sanitário para cada uma das enfermidades.
Fonte: www.goiasagora.go.gov.br, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.