Os governos de Goiás e do Rio Grande do Sul assinaram, nesta quinta-feira, 4, um protocolo de intenções para o compartilhamento de informações agropecuárias. O acordo, firmado durante o Fórum Nacional de Executores de Sanidade Agropecuária (Fonesa), é mais um passo para a integração interestadual de dados de trânsito animal e para a implantação do Plano Nacional de Identificação Individual de Bovinos e Búfalos (PNIB).
O protocolo prevê o intercâmbio de dados da Guia de Trânsito Animal (GTA) entre os dois estados, por meio do Sistema de Defesa Agropecuária de Goiás (Sidago), em caráter de projeto-piloto. O Rio Grande do Sul será o primeiro estado que não utiliza o Sidago a integrar suas informações, utilizando a Rede Compartilhada de Defesa Agropecuária (RCDA), plataforma desenvolvida pela Agrodefesa.
Em seu discurso, o presidente da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), José Ricardo Caixeta Ramos, destacou a relevância do acordo. “Esse protocolo de intenções, que antecede o termo de cooperação técnica, mostra que o fluxo de dados entre Goiás e Rio Grande do Sul é viável e essencial para que a defesa agropecuária e a rastreabilidade sejam implementadas. Goiás reafirma seu compromisso em apoiar todos os esforços para a implantação do PNIB”, afirmou.
O diretor de Defesa Agropecuária da Agrodefesa, Rafael Vieira, reforçou a importância da integração. “Essa interface de informações será essencial para alavancar o projeto nacional de rastreabilidade bovina e demonstra a competência da Agrodefesa na construção de ferramentas tecnológicas de defesa agropecuária”, disse.
Segundo o secretário adjunto da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do Rio Grande do Sul (Seapi), Márcio Madalena, o projeto servirá de base para o futuro plano estadual de rastreabilidade. “A experiência em parceria com Goiás será fundamental para validar o modelo a ser expandido em todo o estado”, declarou.
Instituído pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, o PNIB prevê a identificação individual de todo o rebanho do país de bovinos e búfalos até 2032. O objetivo é garantir maior segurança alimentar e competitividade internacional para a carne e o leite produzidos no Brasil.
Fonte: Estadão.