Com quase 100% do rebanho vacinado contra febre aftosa, Goiás detinha no ano passado 20.259.000 cabeças de gado, número 1,38% maior que as 19.983.681 cabeças existentes em 2002. Desse rebanho, 80% é voltado à bovinocultura de corte e 20% à de leite.
Como em outros Estados, o levantamento é feito durante o período de vacinação, com base nas compras de vacina e em informações dos próprios pecuaristas. A campanha deste ano teve início em março.
Há um pré-levantamento baseado no controle que a Agência Rural e de Defesa Agropecuária e a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento têm de sobre o número de vacinas comercializadas no Estado. “Esse número é cruzado com os dados de uma ficha, que cada produtor tem, na qual consta o número de animais de cada rebanho, que é confirmado por meio da nota fiscal de compra das unidades de vacinas adquiridas e na entrega dos frascos vazios”, explica o agrônomo Ângelo Batissaldo, gerente de Mercado Agrícola e Acompanhamento de safra da Secretaria.
Todos os produtores do Estado “são convidados pela Secretaria a comparecer anualmente aos escritórios das Agências Rural e de Defesa Agropecuária existentes em todos os 246 municípios do Estado, para registrar a atualização do rebanho, animais nascidos, comprados, vendidos e abatidos”, conta o agrônomo. Caso contrário, o pecuarista não consegue obter Guias de Transferência Animal (GTA) e fica impedido de movimentar seus animais legalmente. Como recurso adicional, técnicos acompanham a vacinação em algumas propriedades, geralmente regiões onde já tenha havido algum foco de febre aftosa no passado. A secretaria dispõe de 236 profissionais que atuam como técnicos agropecuários.
Goiás, porém não dispõe de um levantamento do número atual de propriedades rurais. O último dado que o Estado possui é um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 1996. Naquele ano eram 111.782 propriedades rurais, que totalizavam uma área de 25.387.718 hectares, dos quais 19.328.131 hectares eram compostos de pastagens. Batissaldo informa que o governo estadual está firmando uma parceria com o IBGE, com a Agência Rural Estadual e a Secretária da Fazenda, para atualizar os dados.
Fonte: Paulo Roberto Brino Mattus, adaptado por Equipe BeefPoint